terça-feira, 23 de julho de 2013

Indústria de armas faz lobby no Congresso contra novo referendo

Leandro Mazzini
A Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições (ANIAM) prepara forte lobby contra o que classifica como nova tentativa de realização de referendo sobre o desarmamento, como ocorrido em 2005.
Há parlamentares que defendem nova consulta nacional, diante do ainda alto número de mortes com armas de fogo.
A ANIAM distribuiu cartilha a parlamentares no Congresso com dez “falsos” mitos sobre a proibição do comércio de armas.
A entidade afirma ser mentira que boa parte dos homicídios seja cometida pelo cidadão comum. E alerta que o problema da violência está ligado à entrada de armas ilegais no país e ao baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
A associação cita dados do IBGE, segundo os quais o Nordeste tem o menor número de armas legais, mas apresenta a maior taxa de homicídios (29,6 por 100 mil habitantes).
Argumenta ainda que a campanha do desarmamento não reduziu violência e diz que arma do cidadão comum não é responsável pelo aparelhamento de criminosos.
O ex-governador de São Paulo Luiz Antônio Fleury Filho endossa documento, defende direito de liberdade do cidadão e diz mitos têm sido ressuscitados para iludir população.
Com Vinícius Tavares, da equipe de Brasília
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NO ALVO 
Revista Lado A divulga os 10 inimigos públicos dos gays em 2013. São eles a psicóloga Marisa Alves, deputado Marcos Feliciano, pastor Silas Malafaia, deputado João Campos, senador Magno Malta, deputado Jair Bolsonaro, Joelma (Calypso), deputado Anthony Garotinho, Emerson Eduardo Rodrigues Setim e a presidente Dilma Rousseff.
FALTOU A BÊNÇÃO
O Papa passou atrás do Teatro Municipal no Rio de Janeiro, em frente ao terreno onde caíram dois edifícios por reforma mal feita e sem fiscalização. Uma pequena lembrança do staff poderia ter deixado uma benção exemplar em memória dos 16 mortos.
LÁ FORA
As redes de televisão da América Latina e Europa ontem falavam de duas coisas no Brasil, a visita do Papa e principalmente a bomba desarmada no santuário de Aparecida, em SP, um dos locais que o pontífice visitará e que receberá milhares de fiéis.
FEMINICÍDIO 
Pedro Taques (PDT-MT) entrega em agosto o parecer parcial ao novo Código Penal. Senador já havia se manifestado “a favor da vida”. Aguarda emendas da bancada cristã. Novo Código Penal poderá criar o feminicídio (morte de mulher), com pena de reclusão de 12 a 30 anos. Crime não elimina punições a delitos associados a ele, como estupro.
PROTESTANTES 
Alguns pastores estão apregoando que chegou a hora do Brasil ter um presidente evangélico. Só que eles esquecem que o Brasil já teve dois presidentes protestantes: Café Filho (presbiteriano) e Ernesto Geisel (luterano).

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