DO VALOR
Comércio tem queda de até 8% nas vendas em SP
Diferentemente de outras pesquisas sobre consumo em junho, o levantamento da FecomercioSP não captou o humor das famílias durante ou após os protestos de junho. Isso porque a pesquisa é feita no mês anterior para apurar a intenção de consumir no mês seguinte. Neste caso, portanto, o levantamento foi realizado em maio.
De acordo com a entidade, o indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) teve alta de 1,9% em junho, após cinco retrações seguidas, para 130,6 pontos, Mas na comparação com o mesmo período de 2012, houve redução de 6%.
O aumento mensal, segundo a entidade, reflete mais um ajuste após a forte sequência de cinco quedas consecutivas, do que propriamente uma melhora das condições econômicas das famílias. A inflação segue elevada e o crescimento econômico, fraco, observa.
A entidade acredita que o consumidor ainda está reticente. "Há facilidade de crédito, com taxa de juros para a pessoa física em um patamar histórico baixo, mas as famílias estão contraindo crédito ou para pagar outras dívidas, ou para complementar a renda", avalia.
A média do indicador no segundo trimestre deste ano, de 129 pontos, foi a pior desde o início da série, em agosto de 2009. No primeiro trimestre deste ano a pontuação média foi de 134 pontos. No segundo trimestre de 2012 ficou em 141 pontos.
Dos itens que compõem o indicador apenas perspectiva profissional teve queda, de 3,8%. Já o item acesso a crédito teve alta de 4,9%. A perspectiva de consumo subiu 4,2%. O indicador nível de consumo atual teve variação de 5,9%. Os itens que registraram altas menos expressivas foram renda atual, com 1%, e momento para duráveis, 1,1%.
A pesquisa sobre intenção de consumo das famílias é realizada mensalmente com certa de dois mil consumidores na cidade de São Paulo.
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