terça-feira, 23 de julho de 2013

SEM CAPTAR EFEITO DOS PROTESTOS, INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS CRESCE EM JUNHO

Sem captar efeito dos protestos, intenção de consumo das famílias cresce em junho
DO VALOR
As famílias estiveram mais dispostas a consumir em junho, na comparação com maio, indica pesquisa mensal feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Trata-se de uma reversão já que de janeiro a maio, o levantamento mostrou queda na intenção de consumo dos paulistanos.
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Diferentemente de outras pesquisas sobre consumo em junho, o levantamento da FecomercioSP não captou o humor das famílias durante ou após os protestos de junho. Isso porque a pesquisa é feita no mês anterior para apurar a intenção de consumir no mês seguinte. Neste caso, portanto, o levantamento foi realizado em maio.
De acordo com a entidade, o indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) teve alta de 1,9% em junho, após cinco retrações seguidas, para 130,6 pontos, Mas na comparação com o mesmo período de 2012, houve redução de 6%.
O aumento mensal, segundo a entidade, reflete mais um ajuste após a forte sequência de cinco quedas consecutivas, do que propriamente uma melhora das condições econômicas das famílias. A inflação segue elevada e o crescimento econômico, fraco, observa.
A entidade acredita que o consumidor ainda está reticente. "Há facilidade de crédito, com taxa de juros para a pessoa física em um patamar histórico baixo, mas as famílias estão contraindo crédito ou para pagar outras dívidas, ou para complementar a renda", avalia.
A média do indicador no segundo trimestre deste ano, de 129 pontos, foi a pior desde o início da série, em agosto de 2009. No primeiro trimestre deste ano a pontuação média foi de 134 pontos. No segundo trimestre de 2012 ficou em 141 pontos.
Dos itens que compõem o indicador apenas perspectiva profissional teve queda, de 3,8%. Já o item acesso a crédito teve alta de 4,9%. A perspectiva de consumo subiu 4,2%. O indicador nível de consumo atual teve variação de 5,9%. Os itens que registraram altas menos expressivas foram renda atual, com 1%, e momento para duráveis, 1,1%.
A pesquisa sobre intenção de consumo das famílias é realizada mensalmente com certa de dois mil consumidores na cidade de São Paulo.

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