Presidente eleito do Paraguai rejeita voltar ao Mercosul com Venezuela na presidência
Eleito menos de um ano após golpe, Cartes disse
que entrada dos venezuelanos no bloco não respeita "as normas
legais"
"As características jurídicas da entrada da Venezuela como membro pleno do Mercosul, em julho de 2012, não respeitaram as normas legais", afirmou Cartes em um comunicado divulgado após a cúpula do Mercosul em Montevidéu, onde ficou decidido o retorno do Paraguai ao bloco, com a anulação da medida imposta a Assunção após o golpe de Estado contra o presidente Fernando Lugo. No entendimento dos outros países-membro, houve quebra da ordem democrática no impeachment de Lugo promovido pelo Congresso paraguaio. Com a posse do novo presidente do país, Horacio Cartes, em 15 agosto, a sanção contra o Paraguai será cancelada.
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Lugo foi destituído pelo Congresso acusado de mau desempenho em um veloz e questionado julgamento político e o então vice-presidente Federico Franco assumiu a chefia do Estado Franco entregará o poder no mês que vem ao presidente eleito, o empresáro Horacio Cartes, do tradicional Partido Colorado, e ele já manifestou sua disposição de trabalhar pela normalização das relações do Paraguai com a região.
O atual chanceler, Félix Fernández Estigarribia, que integra o governo de Franco, afirmou que os países do Mercosul "fecham as portas ao Paraguai" com a presidência da Venezuela. "Do ponto de vista da integração latino-americana, não é uma boa decisão, fecha as portas ao Paraguai", disse Estigarribia. O chanceler lamentou que os líderes do Mercosul não aceitaram "nem sequer a generosa proposta do presidente eleito do Paraguai", que pediu que os líderes vizinhos declarassem hoje "um quarto intermédio" da cúpula até 15 de agosto e que a presidência temporária fosse para seu país. Na análise dele, segue existindo o "obstáculo jurídico" que o Congresso paraguaio "não aprovou nunca o ingresso da Venezuela" ao Mercosul.
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