Paraguai boicotará reuniões do Mercosul com Venezuela na presidência
Publicidade
JULIANO MACHADO
EDITOR-ADJUNTO DE "MUNDO"
EDITOR-ADJUNTO DE "MUNDO"
Em dezembro, quando o período de Caracas à frente do Mercosul se aproximar do fim, o governo paraguaio reavaliará sua posição, especialmente em relação ao status de membro pleno concedido à Venezuela --o que Assunção não aceita.
Na última reunião de cúpula do bloco, encerrada nesta sexta (12) em Montevidéu, os países-membros decidiram encerrar a suspensão imposta ao Paraguai por causa do impeachment-relâmpago do presidente Fernando Lugo, em junho de 2012 --pouco depois da destituição de Lugo, a Venezuela foi aceita como membro pleno do Mercosul. Assunção voltaria a integrar o bloco em 15 de agosto, quando Cartes toma posse oficialmente.
Matilde Campodonico/Associated Press | ||
Evo Morales, Cristina Kirchner, José Mujica, Dilma Rousseff e Nicolás Maduro posam para foto durante reunião do Mercosul nesta sexta (13) |
Na verdade, Cartes considera que o país jamais deixou de ser membro do bloco porque, como diz a nota, sua conduta sempre se baseou no "respeito à vigência dos princípios e normas do direito internacional". Para Assunção, a suspensão causada pela destituição de Lugo nunca teve validade, pois o governo acredita que em nenhum momento tenha descumprido as cláusulas dos tratados que regem o Mercosul.
A presidência temporária é transferida a cada seis meses, de acordo com a ordem alfabética. O Brasil deveria tê-la repassado ao Paraguai no fim do ano passado, mas isso não ocorreu por causa da suspensão. Coube ao Uruguai chefiar o bloco no primeiro semestre deste ano e, agora, transferir a presidência à Venezuela. Teoricamente, Caracas passará o comando do Mercosul à Argentina no fim de 2013. No entanto, o Paraguai exigia voltar a chefiar o bloco antes de a cúpula de Montevidéu decidir pela Venezuela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário