Cabral "não entendeu os recados das ruas", diz deputado sobre uso de helicópteros oficiais no Rio
Do UOL, no Rio
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) afirmou nesta segunda-feira (8) que
solicitará à Procuradoria-Geral de Justiça do MP-RJ (Ministério Público do
Estado do Rio de Janeiro) investigação sobre o suposto uso ilegal dos
helicópteros oficiais do Estado por parte do governador Sérgio Cabral
(PMDB).
Segundo reportagem da revista "Veja", Cabral teria utilizado as aeronaves
para transportar a família e funcionários até a sua casa de veraneio em
Mangaratiba, no litoral fluminense.
Para Freixo, o governador "continua aéreo", e "não entendeu os recados das ruas" --em referência aos protestos que ocorreram na capital fluminense nas últimas semanas, entre os quais o ato "Fora Cabral", realizado na rua onde mora Cabral e a família, no Leblon, na zona sul da cidade. "As denúncias sobre uso ilegal e imoral dos helicópteros são graves", afirmou o deputado do PSOL.
Além das viagens a Mangaratiba, de acordo com "Veja", Cabral percorreria diariamente, de helicóptero, o trajeto entre o heliporto da Lagoa e o bairro de Laranjeiras, na zona sul, onde está localizado a residência oficial do governo do Estado, o Palácio Guanabara. A distância seria de aproximadamente sete quilômetros.
"O governador afirmou ter direito de utilizar o helicóptero para se deslocar
ao trabalho. Não é razoável diante da distancia percorrida", completou Freixo,
que marcou uma reunião com a sua equipe, na manhã desta segunda-feira, para
definir quais serão os próximos passos no sentido de cobrar explicações do
governador.
Na versão do Executivo fluminense, Cabral utilizaria os helicópteros oficiais somente quando necessário. Segundo o peemedebista, "todos os governadores de Estado dispõem de frota de helicópteros", e "não procede que haja uso de helicópteros do Estado para transporte de amigos e de prestadores de serviço".
"O governador Sérgio Cabral encara como uma perseguição ao seu mandato informações que soem como 'denúncias' quanto ao uso de helicópteros do Estado para utilização pessoal", afirmou a assessoria de Cabral, em nota.
Ao UOL, o Ministério Público do Estado afirmou que ainda não há procedimento de investigação acerca das informações veiculadas pela revista "Veja". A reportagem solicitou uma entrevista com o procurador-geral de Justiça, Marfan Vieira, porém ainda não obteve retorno da assessoria do MP.
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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL, à
direita), viajou em um avião oficial da FAB (Força Aérea Brasileira) para ir ao
casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) em Trancoso, na Bahia. Ele
usou a aeronave modelo C-99 para ir de Maceió (AL) a Porto Seguro (BA) às 15h do
dia 15 de junho, um sábado, e depois para voltar para Brasília no domingo, às 3h
da manhã. Calheiros afirmou que foi convidado à cerimônia como "chefe de poder"
e, portanto, não deve ressarcir os cofres públicos. Acima, os colegas de partido
se cumprimentam durante a votação da MP dos Portos no Senado, em maio de 2013 Leia
mais Pedro
Ladeira/Folhapress
Para Freixo, o governador "continua aéreo", e "não entendeu os recados das ruas" --em referência aos protestos que ocorreram na capital fluminense nas últimas semanas, entre os quais o ato "Fora Cabral", realizado na rua onde mora Cabral e a família, no Leblon, na zona sul da cidade. "As denúncias sobre uso ilegal e imoral dos helicópteros são graves", afirmou o deputado do PSOL.
Além das viagens a Mangaratiba, de acordo com "Veja", Cabral percorreria diariamente, de helicóptero, o trajeto entre o heliporto da Lagoa e o bairro de Laranjeiras, na zona sul, onde está localizado a residência oficial do governo do Estado, o Palácio Guanabara. A distância seria de aproximadamente sete quilômetros.
Na versão do Executivo fluminense, Cabral utilizaria os helicópteros oficiais somente quando necessário. Segundo o peemedebista, "todos os governadores de Estado dispõem de frota de helicópteros", e "não procede que haja uso de helicópteros do Estado para transporte de amigos e de prestadores de serviço".
"O governador Sérgio Cabral encara como uma perseguição ao seu mandato informações que soem como 'denúncias' quanto ao uso de helicópteros do Estado para utilização pessoal", afirmou a assessoria de Cabral, em nota.
Ao UOL, o Ministério Público do Estado afirmou que ainda não há procedimento de investigação acerca das informações veiculadas pela revista "Veja". A reportagem solicitou uma entrevista com o procurador-geral de Justiça, Marfan Vieira, porém ainda não obteve retorno da assessoria do MP.
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