domingo, 19 de maio de 2019

2019 já foi pro saco!

Folha: Bolsonaro e Guedes provocam "frustração precoce"
publicado 22/04/2019
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Da Fel-lha:

Frustração precoce com gestão Bolsonaro retarda retomada da economia


A economia brasileira caminha para registrar mais um ano perdido. Ao menos é essa a visão dos especialistas, caso o crescimento fique mesmo próximo de 1%, como indica a onda de revisões feitas por instituições financeiras nas últimas semanas.

Economistas ouvidos pela Folha falam em crescimento medíocre ou frustrante, levado por um novo componente: os riscos ligados à política econômica.

“Qualquer crescimento mais próximo de 1% representa um ano perdido e traz uma sensação muito próxima ao de uma parada súbita”, diz Silvia Matos, pesquisadora do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da Fundação Getulio Vargas.

O governo, afirma a economista, precisa criar um ambiente favorável ao investimento, reduzir a incerteza política e —fato inesperado, que não estava no radar dos especialistas há algumas semanas— evitar riscos à política econômica.

“Qual vai ser o preço do diesel? A reforma sai quando?”, questiona Matos para exemplificar as preocupações que despontam.

Coordenadora do boletim de macroeconomia da instituição, Matos prevê crescimento econômico entre 1,5% e 2% em 2019, mas avisa: o risco é para baixo. Segundo a economista, crescer 1% em 2018 foi compreensível, considerando a baixa popularidade de Michel Temer, a paralisação dos caminhoneiros, o mau humor externo em relação aos emergentes e o turbulento processo eleitoral. “Repetir isso em 2019 é inaceitável. Não há o que culpar.” Os indicadores econômicos já conhecidos não são bons.

A indústria patina influenciada pelo efeito da crise argentina sobre o setor automotivo somado a uma piora da demanda interna identificada a partir março.

Nas contas do Ibre, um indicador importante do apetite por investimentos que mede a demanda por máquinas e equipamentos deve crescer apenas 1% no primeiro trimestre sobre igual período de 2018 —algo pífio diante da queda acumulada de cerca de 30% do investimento na economia durante a recessão. (...)

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