A ERA DAS CATÁSTROFES
A Sociedade Americana para o Avanço da Ciência, uma das mais respeitadas organizações científicas do planeta, reuniu especialistas e fez uma pergunta: O clima está mudando? O resultado foi divulgado no começo de 2014: para 97% deles, sim, está. Como está mudando ainda não se sabe direito, mas está. Apesar de uma oposição estridente, que interdita o debate dizendo que mudança climática é coisa de ecoterrorista, tem algo grande acontecendo - e o homem tem um papel nessa mudança. Não é exatamente aquecimento global, mas extremismo climático global. Quando é frio, é muito frio - como mostrou o outono bizarramente gelado nos EUA. Quando é para esquentar, aí ferve. Em 2014, São Paulo teve o verão mais quente da sua história e um dos mais secos de todos os tempos. Não dá para saber o que esperar.
Esse raciocínio foi reforçado por um grande estudo do IPCC, o painel sobre mudanças climáticas da ONU. O estudo, divulgado no começo de 2014, trocou a linguagem catastrofista e cheia de certezas por uma abordagem mais cautelosa e embasada, com um grande número de dados. A conclusão foi similar à enquete com os cientistas: o clima está mudando muito. O impacto pode ser grave e irreversível.
LOUCURA CLIMÁTICA
Muitos cientistas apontam mudanças drásticas em vez de aquecimento global. A mistura de vários fatores, incluindo a intervenção humana, coloca várias regiões em alerta. Veja:
ALASCA
NOVA YORK
CALIFÓRNIA
AMAZONAS
SÃO PAULO
BUENOS AIRES
LONDRES
ORIENTE MÉDIO
RÚSSIA
CHINA
AUSTRÁLIA
O problema é que as causas disso tudo ainda estão muito longe de serem esclarecidas. Para alguns cientistas, a seca em São Paulo é resultado de uma mudança drástica, mas esperada, no oceano Pacífico. Isso acabaria mexendo com o regime de chuvas no mundo todo. Para outros, tem relação com o desmatamento da Amazônia. Uma parte da umidade que se transforma em chuvas no Sudeste vem da floresta. Com o desmatamento agressivo, isso teria sido interrompido. Ainda não dá para cravar uma dessas hipóteses com 100% de certeza. O nó é que algumas coisas estão acontecendo, e mesmo os fenômenos climáticos já previstos, em novas condições, podem ter
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