sábado, 7 de fevereiro de 2015

OCEANO E PONTOS CRÍTICOS

Este talvez seja o email mais importante que eu já escrevi para nossa comunidade

Algum tempo atrás, um cientista saiu em sua expedição anual ao oceano ártico na Rússia para conferir os níveis de plumas tóxicas de gás metano vindas do oceano. Ele já tinha visto centenas dessas plumas, com cerca de um metro de diâmetro cada, que emitiam gases 50 vezes mais poluentes para nosso clima do que o dióxido de carbono. Desta vez, no entanto, ao analisar a primeira pluma, ele não acreditou no que estava vendo. Era uma pluma com UM QUILÔMETRO de extensão. Uma vasta coluna de gás perfurando nossa atmosfera. Ele continuou sua avaliação e encontrou outra pluma gigante, e outra, e outra. Centenas delas. 

É sobre isso que os cientistas têm nos alertado. À medida que o planeta aquece, surgem "pontos críticos" que aceleram o aquecimento descontroladamente. O aquecimento derrete o gelo do mar do Ártico e destrói um grande "espelho" branco, que antes refletia o calor de volta para o espaço. Mas com o derretimento, os oceanos ficam mais quentes, contribuindo para derreter mais gelo, em um efeito dominó. Tudo fica fora do controle. Em 2014, tudo – tempestades, temperaturas – chegou a níveis jamais vistos. Foi o ano mais quente da história. 

Podemos impedir isso, se agirmos rápido e em conjunto. Diante dessa ameaça de extinção, poderemos criar um futuro inspirador para nossos filhos e netos. Um futuro verde, limpo e em equilíbrio com o planeta que permite a nossa vida. 

Temos 10 meses até a Cúpula de Paris, escolhida por líderes mundiais como o momento de decidir quais esforços faremos para lutar contra as mudanças climáticas. Parece muito distante, mas não é. Serão 10 meses para colocar nossos líderes nessa Cúpula, apresentar-lhes um projeto, e fazê-los levar o plano adiante. Somos nós contra as empresas de petróleo e o fatalismo. 

É possível vencer. Temos que vencer. Mas para isso precisamos dar a largada nesta corrida em 2015 com compromissos de pequenas doações para apoiar nosso trabalho -- somente processaremos sua doação se atingirmos a nossa meta. Pelo mundo com o qual sonhamos, vamos tornar isto realidade: 

Clique para se comprometer com a quantia que puder. Nós somente processaremos sua doação se alcançarmos nossa meta de 10 mil novos doadores: 


O fatalismo sobre as mudanças climáticas não é só inútil, como também é incompetente. Já passou da hora, mas ainda temos condições reais de impedir essa catástrofe, simplesmente trocando a exclusividade do carvão e do petróleo em nossas economias por outras fontes de energia. Isso vai unir as pessoas em todo o mundo ainda mais: um comprometimento profundo e em cooperação para proteger o nosso planeta. É uma perspectiva muito bonita e o tipo de futuro que a comunidade da Avaaz nasceu para criar. Precisaremos de um coração forte e muita esperança para encarar esse desafio, e também de todas as ideias inteligentes possíveis. Aqui está o plano:

    1. Manter o ritmo. A Caminhada Mundial pelo Clima, capitaneada pela nossa comunidade, foi um divisor de águas na situação política. Foi mágico; e pudemos ver os resultados concretos em políticas nacionais. No entanto, as empresas de petróleo estão se mobilizando e precisamos estar prontos. 

    2. Dar força a François Hollande. O presidente francês será o anfitrião da Cúpula de Paris -- uma posição de poder. Temos que pressionar Hollande por um acordo ambicioso. Tanto ele quanto membros de seu gabinete já se reuniram com a Avaaz e ele até mesmo ofereceu uma homenagem a um membro da comunidade, prometendo usar o nome dela para o acordo de Paris. 

    3. Partir para novos desafios. O tamanho desta crise exige ações que vão além de campanhas ocasionais. Chegou a hora de executarmos ações fortes, diretas, não-violentas e que capturem o imaginário popular, tornem explícita a urgência do problema e motivem outras pessoas a agirem também. Nossa caminhada do clima foi o primeiro passo. Segundo passo: algo como o movimento "Occupy". 

    4. Combater os estraga-prazeres. Bilionários como os irmãos Koch nos EUA e as empresas de petróleo são os maiores estraga-prazeres quando se fala em combater as mudanças climáticas. Eles alimentam a opinião pública com pesquisas científicas fajutas que confundem a todos e gastam milhões de dólares em publicidade enganosa, além de comprarem os políticos aos montes. Por meio de um trabalho de jornalismo investigativo, precisamos expor e contra-atacar os atos de irresponsabilidade destes grupos. 

    5. Definir o que será o acordo. Mesmo diante de uma catástrofe planetária, 195 governos em uma sala podem simplesmente não chegar a uma solução. Em meio a discussões complexas de políticas públicas, precisamos definir os limites de um acordo e organizar a imprensa e os políticos em torno destes limites. Nosso foco principal: um comprometimento claro com um mundo sem emissões de CO2, alimentados por energia 100% limpa. Isso vai colocar a indústria de combustíveis fósseis em estado de alerta e redirecionar investimentos privados maciçamente em energias renováveis.
Precisamos que milhares de nós se comprometam com pequenas doações para colocar este plano em prática. Não importa a quantia; o importante é fazer uma escolha -- escolher ter esperança, escolher agir: 

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