Filha adotiva de Allen rompe silêncio sobre abuso sexual
"Quando tinha
sete anos, Woody Allen me pegou pela mão e me levou a um pequeno espaço mal
iluminado do segundo andar de nossa casa", afirmou Dylan Farrow
por AFP — publicado 02/02/2014 11:56, última modificação 02/02/2014 16:04
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AFP
Nova York (AFP) - A filha adotiva de Woody Allen acusou
no sábado o cineasta de agressão sexual quando ela era uma criança, ao falar
pela primeira vez publicamente sobre os antigos boatos.
Dylan Farrow, de 28 anos, que Woody Allen havia adotado com a
atriz Mia Farrow quando ambos eram casados, afirma em uma carta aberta publicada
em um blog do jornal New York Times que sofreu abuso aos sete anos na casa da
família.
"Quando tinha sete anos, Woody Allen me pegou pela mão e me
levou a um pequeno espaço mal iluminado do segundo andar de nossa casa. Ele
disse para que eu deitasse com o estômago para baixo e brincasse com um trem
elétrico do meu irmão. Então ele me agrediu sexualmente", afirma a jovem.
"Ele falava enquanto fazia, murmurando que que eu era uma boa
menina, que isto era nosso segredo, prometendo que nós iríamos a Paris e que eu
seria uma estrela do cinema", completou Dyland Farrow.
A jovem conta que conversou com a mãe sobre o ocorrido na
ocasião.
Em 1992, Mia Farrow acusou Woody Allen de ter agredido Dylan.
As acusações foram apresentadas no momento em que a atriz estava em uma disputa
intensa com o cineasta depois de ter descoberto que ele mantinha uma relação com
outra de suas filhas adotivas, Soon-Yi Previn, que na época tinha 20 anos e
depois casaria com Allen.
O diretor, que nunca foi legalmente acusado, sempre negou ter
agredido sexualmente Dylan Farrow.
Em 1995, após três anos de batalha jurídica, um tribunal de
Nova York retirou de Allen o direito de ver regularmente Dylan Farrow, que
rejeitava suas visitas.
Pessoas ligadas a Woody Allen, de 78 anos, não foram
localizadas no sábado para comentar o tema.
"Woody Allen nunca foi condenado por nenhum crime. Que ele
tenha escapado do que fez comigo me atormentou enquanto eu crescia", completa no
texto Dylan Farrow, que acusa Hollywood de ter fechado os olhos para os fatos e
de ter continuado a premiar o cineasta.
O filme mais recente de Allen, "Blue Jasmine", recebeu três
indicações ao Oscar. Além disso, no mês passado o diretor recebeu um Globo de
Ouro especial pelo conjunto de sua obra.
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