terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

PRODUÇÃO DE LEITE NO SEMIÁRIDO PRECISA DE MAIS SUSTENTABILIDADE

Produção de leite no Semiárido precisa de mais sustentabilidade
No nordeste, o sistema de produção de leite ainda enfrenta uma situação de não-sustentabilidade, principalmente por causa da dependência que os agricultores tem da aquisição de insumos externos como ração para o gado no período seco. A importância da pecuária leiteira no Semiárido brasileiro não á apenas econômica. O desenvolvimento da atividade, basicamente, no segmento da agricultura familiar reforçam o seu papel na segurança alimentar e na melhoria da qualidade de vida para os agricultores.
Com a finalidade de melhorar a produção de leite no Semiárido a Embrapa Semiárido, em Petrolina, Pernambuco, recomenda a implantação de sistemas agrosilvipastoris nas propriedades rurais. “É possível diminuir a necessidade da ração externa, principalmente do farelo de soja, implantando na propriedade sistemas agrosilvipastoris que têm na sua estrutura, por exemplo, a gliricídia, rica em proteína”, destaca a pesquisadora Cristiane Otto de Sá. Ela explica que este sistema busca trabalhar tanto a agricultura, quanto à pecuária e a floresta em uma mesma área. “Nessa região, plantamos as árvores de gliricídia, em fileiras, e, entre elas, as culturas normalmente utilizadas no Semiárido, como o milho e o feijão”.
Desta forma, é possível obter maior produtividade do milho, pois tanto as folhas quanto as raízes da gliricídia oferecem nitrogênio para a cultura anual, diminuindo a necessidade de adubo externo. “Além disso, a gliricídia pode ser usada para os animais na forma de pastejo direto. O produtor também pode utilizar as folhas na forma de silagem ou de feno para a alimentação dos animais. No caso do milho, você produz os grãos para a agricultura”, exemplifica.
Segundo a pesquisadora, outra utilidade da gliricídia é o fornecimento das estacas que podem ser utilizadas como cerca viva, diminuindo a necessidade de um desmatamento da Caatinga.(Nordeste Rural).

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