segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

MOVIMENTO SINDICAL

O movimento sindical, em geral, vive um processo de fragilidade orgânica, política e de projeto. O movimento sindical dos trabalhadores e trabalhadoras rurais e dos agricultores e agricultoras familiares tem nos últimos anos perdido sua capacidade de ousar, lutar, formular e reivindicar políticas públicas e projeto socioeconômico e político para a categoria.
Historicamente, uma das grandes bandeiras de luta do movimento sindical rural foi à luta em defesa da reforma agrária, porém, nos últimos anos este direito de acesso a terra saiu da pauta dos sindicatos por falta de consciência de classe e por adesão ao projeto neodesenvolvimentista do governo petista.
Esse adesismo governista do movimento sindical rural com dirigentes apegados a burocracia, aos seus interesses privados e ao agronegocinho , retardaram e frearam a luta pela reforma agrária e marginalizaram  milhares de agricultores em terra. Toda vez que movimento sindical abdica de sua autonomia torna-se mais frágil em seu poder mobilizador e de contestação. O sindicalismo comprometido com os trabalhadores exige autonomia política absoluta do estado e dos partidos, para enfrentar a opressão e a exploração das classes dominantes.
Os rumos do movimento sindical rural no RN precisam ser revitalizados e repensados, enquanto processo de luta e organização da classe trabalhadora rural e da agricultura familiar. Se ele tiver dificuldades em se ver como parte de uma longa história de resistência, talvez, possa pelo menos tirar lições de sua curta e incapaz trajetória de enfrentar o estado e as políticas públicas de governo em favor do agronegócio e seu comovente silêncio ao lado do governo, tendo como exemplo, o projeto de irrigação da chapada do Apodi e o longo período de seca com a volta triunfante da indústria da seca. 
Saudações Ecossocilista


Procopio 

Nenhum comentário:

Postar um comentário