O
movimento sindical, em geral, vive um processo de fragilidade orgânica, política
e de projeto. O movimento sindical dos trabalhadores e trabalhadoras rurais e
dos agricultores e agricultoras familiares tem nos últimos anos perdido sua
capacidade de ousar, lutar, formular e reivindicar políticas públicas e projeto
socioeconômico e político para a categoria.
Historicamente, uma das grandes bandeiras de luta do
movimento sindical rural foi à luta em defesa da reforma agrária, porém, nos
últimos anos este direito de acesso a terra saiu da pauta dos sindicatos por
falta de consciência de classe e por adesão ao projeto neodesenvolvimentista do
governo petista.
Esse adesismo governista do movimento sindical rural com
dirigentes apegados a burocracia, aos seus interesses privados e ao
agronegocinho , retardaram e frearam a luta pela reforma agrária e
marginalizaram milhares de agricultores em terra. Toda vez que
movimento sindical abdica de sua autonomia torna-se mais frágil em seu poder
mobilizador e de contestação. O sindicalismo comprometido com os trabalhadores
exige autonomia política absoluta do estado e dos partidos, para enfrentar a
opressão e a exploração das classes dominantes.
Os rumos do movimento sindical rural no RN precisam ser
revitalizados e repensados, enquanto processo de luta e organização da classe
trabalhadora rural e da agricultura familiar. Se ele tiver dificuldades em se
ver como parte de uma longa história de resistência, talvez, possa pelo menos
tirar lições de sua curta e incapaz trajetória de enfrentar o estado e as
políticas públicas de governo em favor do agronegócio e seu comovente silêncio
ao lado do governo, tendo como exemplo, o projeto de irrigação da chapada do
Apodi e o longo período de seca com a volta triunfante da indústria da
seca.
Saudações
Ecossocilista
Procopio
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