Líder do PT no Senado vai responder no Supremo por homicídio
Aliny Gama
Do UOL, em Maceió
Do UOL, em Maceió
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Elza Fiúza/ABr
Senador Wellington Dias (PT-PI) durante discurso
Na ocasião, Dias era governador. Segundo dados da Avaba (Associação das Vítimas e Amigos das Vítimas da Catástrofe pelo Rompimento da Barragem de Algodões), o rompimento da barragem destruiu 610 casas no município de Cocal (300 km de Teresina) e 428 em Buriti dos Lopes (322 km de Teresina).
Também são réus na ação penal, a ex-presidente da Emgerpi (Empresa de Gestão de Recursos do Piauí) Lucile de Souza Moura e o engenheiro Luiz Hernani de Carvalho.
O caso chegou ao Supremo depois de o atual senador assumir seu mandato, em dezembro de 2010.
Tramitação eleitoreira
O UOL entrou em contato com o senador Wellington Dias, mas o telefone celular dele estava desligado. A reportagem também tentou localizar Lucile de Souza Moura e Luiz Hernani de Carvalho, mas não obteve sucesso.Em entrevista ao portal de internet "180 graus", nesta sexta-feira (7), Dias afirmou que a ação é uma manobra eleitoreira. Ele é pré-candidato ao governo do Piauí.
"Esta é a terceira vez que falam em processo deste caso e curiosamente no período eleitoral. Na verdade, este processo é da 1ª instância da época em que eu deixei o cargo de governador e me candidatei ao Senado. Quando eu me elegi, o processo teria que subir para o Supremo. Porém, eles cozinharam o galo até agora e só neste momento voltam a tramitar. O que lamento é que usem este fato como algo eleitoreiro", disse Dias, em entrevista ao portal 180 Graus.
Apesar de a ação constar a morte de nove pessoas, Dias falou em oito vítimas fatais do caso de Algodões. "Acusam-me de ser o responsável pela morte de oito pessoas. Tudo uso eleitoral do caso", disse.
Causas
Após a tragédia, o Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) do Piauí que o rompimento da barragem ocorreu por falhas no projeto e "ausência do poder público nas atividades de gerenciamento, manutenção e conservação da obra", pois o "projeto da revisão do sangradouro não foi implementado".O relatório técnico do Crea apontou ainda que "a instabilidade da encosta" na barragem foi constatada desde março de 1997, 12 anos antes do rompimento do paredão da barragem.
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