Mídia esconde presença de Carlos Bolsonaro no condomínio, na hora em que os assassinos se reuniam
Era a
prova definitiva, em vídeo gravado e divulgado pelo próprio Carlos
Bolsonaro, desmontando seu próprio álibi, de que naquele momento estava
na Câmara Municipal.
E para por aí.
De lá para cá aconteceram novos episódios que colocam os Bolsonaro no centro das suspeitas.
Primeiro, a declaração do porteiro do condomínio, de que o motorista que conduziu o assassino Ronnie Lessa entrou no condomínio dando o número da casa de Bolsonaro. A Globo deu o furo e voltou atrás, quando constatou que Bolsonaro estava em Brasília naquele dia.
A informação relevante, de que o sistema de telefonia tem direcionamento para celulares, foi deixada de lado. Assim como a informação de que, dias antes, o gabinete de Bolsonaro já havia reservado passagens para o Rio naquele dia. Posteriormente, se soube que Bolsonaro embarcou para o Rio no dia seguinte ao assassinato;
Pior. No vídeo em que procurou desmontar a versão da Globo, Carlos Bolsonaro mostra o sistema de registros do condomínio e a gravação, na qual o porteiro supostamente se comunica com a casa de Ronnie Lessa. No mesmo dia desmascarou-se a manobra de procuradora estadual, responsável pelas investigações – e bolsonarista ativa – de desqualificar a gravação, simulando uma perícia que nunca houve.
Mas tudo isso foi deixado de lado. A imprensa não mais voltou ao assunto e a reportagem minucioso da Piauí passa ao largo do momento – até agora – mais revelador desse caso.
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