terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Bolsonaro ignora crítica da Mangueira no carnaval 2020 e chama de “desacato a religiões”

"Favela, pega a visão / Não tem futuro sem partilha / Nem Messias de arma na mão", dizia trecho do samba-enredo
Foto: Reprodução Redes
Jornal GGN – Jair Bolsonaro evita admitir que o carnaval 2020 trouxe samba-enredos repletos de críticas ao governo. Após a Mangueira apresentar Jesus como negro, mulher e LGBT+, tratar da violência policial e mencionar “nem Messias de arma na mão”, em referência ao mandatário, em transmissão ao vivo pelas redes sociais, Bolsonaro negou que tivesse relação direta com ele.
Não deixou de criticar a escola de samba, que se apresentou no domingo, afirmando que a Mangueira “desacatou as religiões”, com “Cristo levando uma batida policial”. Mas que o jornal Folha de S.Paulo é que teria “buscado” algo para o “atingir”:
“A Folha de S. Paulo foi buscar hoje uma imagem de Carnaval do Rio, uma imagem de uma escola de samba desacatando as religiões, Cristo levando uma batida policial, faz uma vinculação comigo. Foi buscar uma imagem do Rio para me atingir”, disse o mandatário, nesta terça de carnaval.
Um dos trechos do samba-enredo da Rio Mangueira foi uma crítica direta ao presidente: “Favela, pega a visão/ Não tem futuro sem partilha/nem Messias de arma na mão”. Durante a transmissão da escola, ao vivo, a Globo omitiu o trecho e ignorou o uso do sobrenome do presidente.
Já o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, criticou diretamente a escola de samba, em suas redes sociais: “Sou defensor da liberdade de expressão , valor importante na Democracia !! Mas como Cristão não creio ser razoável usar a figura de Jesus, filho de Deus da forma que a escola de samba Mangueira fez !! Independente dos que acreditam ou não, respeitem os Católicos e Cristãos !!”, escreveu.

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