sábado, 8 de fevereiro de 2020

Declarações de Bolsonaro sobre preço dos combustíveis revoltam governadores

Para presidente, Estados tem culpa pelo alto preço dos combustíveis – e chefes estaduais interpretaram pronunciamento como ataque institucional
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
No último domingo, Bolsonaro anunciou que iria encaminhar ao Congresso um projeto de lei para que o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) de combustíveis, que é recolhido pelos estados, tenha um valor fixo por litro. O anúncio foi feito nas redes sociais do presidente, em meio a críticas sobre uma suposta sanha arrecadatória dos governadores em sua política tributária para o setor.
O presidente disse ainda que os governadores são culpados pelo fato de os valores dos combustíveis não baixarem nas bombas, mesmo com as medidas tomadas pelo governo federal.
Segundo informações da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, as autoridades interpretaram o pronunciamento como um ataque institucional, e a resposta foi rápida: em um grupo de whatsapp, a mobilização foi iniciada João Doria (PSDB-SP), seguido por Wilson Witzel (PSC-RJ) e Hélder Barbalho (MDB-PA).
Enquanto o paulista e o paraense classificaram o ato de Bolsonaro como “irresponsável”, Witzel disse que assinaria qualquer tipo de nota contra as afirmações. As palavras de Bolsonaro foram consideradas uma interferência indevida em um encargo que não lhe diz respeito, e que era necessário estabelecer limites.
Dos 27 governadores, 23 assinaram a nota conjunta divulgada nesta segunda (3) sugerindo que, em vez do ICMS, Bolsonaro cortasse tributos federais que incidem sobre os combustíveis.

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