Procuradores pedem impeachment de Gilmar!
Ele não pode julgar porque é parcial
publicado
14/06/2017

Momento em que foi protocolado o pedido pelo "Fora, Gilmar" (Crédito: Mídia Ninja)
Via G1:
O
ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles e o professor de
Direito da Universidade de Brasília (UnB) Marcelo Neves apresentaram
nesta quarta-feira (14) ao Senado um pedido de impeachment do ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
(...)
No documento, assinado por outros juristas e estudantes de Direito,
Cláudio Fonteles e Marcelo Neves apresentam, pelo menos, três razões
para o impedimento de Gilmar.
Eles
afirmam, por exemplo, que o ministro do STF praticou atividade
político-partidária junto a parlamentares, o que é vedado a magistrados
pela lei do impeachment.
Para
ilustrar esse argumento, os juristas se referiram às conversas
telefônicas que Gilmar teve com o senador afastado Aécio Neves (PSDB). O
diálogo foi gravado pela Polícia Federal.
"No
caso da conversa com o senador Aécio Neves, que já era investigado
criminalmente no Supremo – logo ele não poderia ter essas intimidades –
ele realiza atividade político-partidária", expôs Marcelo Neves.
(...)
O ex-procurador-geral da República disse, também, que Gilmar tem atuado
em julgamentos em que deveria, na visão dos juristas, se declarar
suspeito ou impedido de votar.
"Ele
[Gilmar] atuou no Tribunal Superior Eleitoral em processo no qual o
advogado Guilherme Pitta estava atuando e Guilherme Pitta é advogado do
escritório em que também é sócia a senhora Guiomar, esposa de Gilmar
Mendes", declarou Marcelo Neves.
Além
disso, Fonteles e Neves argumentaram que Gilmar Mendes tem agido de
maneira indecorosa quando critica decisões de outros magistrados.
"O
juiz não pode falar sobre processos de seus colegas nem criticar a não
ser dentro dos autos. O ministro Gilmar não só critica os votos dos
colegas como também utiliza palavras como ‘velhaco’ e ‘louco’ para as
posições de colegas. Ataca membros do MP", declarou Neves.
Segundo
os juristas, eles também vão entrar com uma reclamação no Supremo
Tribunal Federal contra Gilmar Mendes e, também, vão à
Procuradoria-Geral da República pedir uma investigação para apurar
suposto crime de Gilmar com base na conversa gravada com Aécio.
(...)
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