MPF reconhece falta de provas contra Lula, mas pede condenação
Ministério Público Federal (MPF) pediu ao juiz Sérgio Moro, na sexta-feira (3), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros seis réus sejam condenados pelos crimes de corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro e que cumpram as respectivas penas em regime fechado.
O pedido consta nas alegações finais do processo que apura um suposto pagamento de propina por parte da OAS, por meio da entrega de um apartamento triplex no Guarujá, litoral paulista.
Todavia, a manchete divulgada pelo portal G1 deu a entender que havia sido pedida a prisão IMEDIATA do ex-presidente.
Como a notícia foi divulgada no primeiro minuto do sábado, dia 4, durante a madrugada a notícia se espalhou de acordo com a aparente intenção dos autores, de criar boato que equipararia a situação do ex-presidente com a do ex-presidente do PSDB senador Aécio Neves, quem o Ministério Público Federal quer que seja preso imediatamente.
Na verdade, a situação é muito diferente. Não há um pedido de prisão imediata contra Lula, o que há é um pedido de condenação em primeira instância que, por si só, geraria pena de prisão em regime fechado; no caso de Aécio, há um pedido de prisão imediata por obstrução da Justiça.
Imediatamente após a divulgação manipulada pelo portal G1 (Globo), o advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins, postou uma série de comentários no Twitter denunciando a manipulação pseudo jornalística do pedido do MP.
Além disso, o advogado do ex-presidente dá uma informação impressionante. Dá conta de que o Ministério Público reconhece em suas alegações finais que não há provas contra Lula.
Em vez de concluir que não havendo provas não é possível condenar o ex-presidente, o MPF faz o contrário. Pede que o ex-presidente seja condenado sem provas. Sim, é isso mesmo que você acaba de ler: o Ministério Público Federal reconhece que não tem provas para condenar Lula e, por isso, pede que ele seja condenado sem provas.
Confira as informações tornadas públicas pela defesa de Lula ainda na madrugada deste sábado, 3 de junho.
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