segunda-feira, 21 de novembro de 2016

 
Jornal GGN - Realizada na tarde de ontem (20), a 13ª Marcha da Consciência Negra reuniu integrantes de movimentos sociais, centrais sindicais e de defesa dos direitos da comunidade negra, que pediram a manutenção e o fortalecimento de políticas que promovam a igualdade racial.
 
A marcha também protestou contra o genocídio da população negra no Brasil, no mesmo dia em os corpos de sete jovens foram encontrados na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. Moradores começaram a denunciar o desaparecimento das pessoas no sábado, após a queda de um helicóptero que resultou na morte de quatro PMs. 
 
Desde então, o Bope começou uma operação na comunidade, que seguirá por tempo indeterminado, segundo o secretário de Segurança do RJ, Roberto Sá. Os moradores dizem que os jovens foram executados. 
 
Na marcha, que percorreu a avenida Paulista e a rua da Consolação até chegar ao Teatro Municipal, no centro de São Paulo, os participantes também criticaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 (antiga PEC 241), que congela os gastos públicos por duas décadas. 
 
 
O ato teve momentos de tensão em seu início, na avenida Paulista, quando os manifestantes passaram por outro ato realizado por organizações que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff. Os participantes da marcha foram insultados e vaiados. 
 
Também em São Paulo, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra andou pela Estrada do M’Boi Mirim, no Jardim  Angela, até a ocupação Nova Palestina. Outra mobilização do MTST pelo Dia da Consciência Negra ocorreu no Leblon, no Rio de Janeiro.
 

Outro ponto levantado pelos participantes da marcha foi a anulação do julgamento dos policiais envolvidos no massacre do Carandiru, onde foram mortos 111 presos, em 1992. Além disso, também chamaram a atenção para a questão da mulher e do aumento da violência contra mulheres e jovens. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário