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DE SÃO PAULO
Cerca de 150 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) invadiram nesta segunda-feira (28) as sedes do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Teodoro Sampaio e Mirante do Paranapanema, cidades que ficam na região do Pontal do Paranapanema (SP).
As invasões fazem parte de protestos organizados pelo MST de São Paulo em favor do assentamento Milton Santos. Novos atos devem acontecer durante a semana.
O movimento também bloqueou por cerca de 30 minutos a rodovia Anhanguera, na região de Ribeirão Preto (SP). De acordo com o MST, foi fechada ainda, por duas horas, a rodovia Sebastião Ferraz de Camargo Penteado, na região de Apiaí (SP).
Os agricultores do Milton Santos afirmam que foram notificados a saírem do assentamento onde vivem até o dia 30 deste mês. A área, que fica entre Americana e Cosmópolis (interior de SP), é alvo de disputa judicial. Cerca de 70 famílias vivem no local.
Grupo de assentados decide deixar Instituto Lula em SP após reunião
Instituto Lula diz que invasão não causou 'dano material' em sua sede
Assentamento no interior de SP teme 'novo Pinheirinho'
Franciele Valadão/Divulgação | ||
Militantes do MST ocupam sede do Incra em Teodoro Sampaio, na região do Pontal do Paranapanema (SP) |
INTITUTO LULA
Na semana passada, a questão do assentamento ganhou destaque após eles terem invadido a sede do Instituto Lula, em São Paulo, onde o ex-presidente Lula costuma despachar.
Com a invasão, o grupo queria que Lula intercedesse por eles junto à presidente Dilma Rousseff para que assine um decreto de desapropriação por interesse social, o que encerraria, em tese, as disputas pela propriedade.
Os agricultores ficaram no local por 32 horas. A invasão ao instituto não recebeu apoio do MST.
Eles também invadiram por 10 dias a sede do Incra, em São Paulo. A desocupação ocorreu após reunião com o presidente do Incra, Carlos Guedes. O Incra diz que defende a permanência dos agricultores no local.
CASO
A área do assentamento era de propriedade do grupo Abdalla, mas na década de 70 foi tomada para o pagamento de dívidas com a União.
A fazenda está registrada em nome do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que, em 2005, cedeu a terra ao Incra para o assentamento.
Uma ação da Justiça reconheceu um excesso na cobrança da União sobre o grupo e determinou devolução de bens confiscados acima do devido, incluindo a área do assentamento.
Os assentados temem que ocorram "um novo Pinheirinho". Em janeiro do ano passado, a reintegração de posse de um terreno, chamado de Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), foi marcado por confrontos com a polí
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