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ERICH DECAT
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) disse nesta terça-feira (29) que o governo deve lançar no próximo dia 4 de fevereiro o edital com critérios para os municípios participarem do novo programa do governo Cidades Digitais.
Segundo ele, apenas para este ano, a previsão é que a pasta desembolse R$ 100 milhões na implementação do programa.
"A rede é para atender a administração pública. Vai conectar todas as dependências municipais na cidade e vai oferecer internet wi-fi. O prefeito vai decidir onde vai ser, se na praça, nos logradores que ele decidir", disse Bernardo, em Brasília, no II Encontro Nacional com novos prefeitos e prefeitas. O evento é organizado pelo governo federal.
De acordo com a secretária de Inclusão Digital do ministério, Lygia Pupatto, as prefeituras que quiserem fazer parte do programa deverão atender, inicialmente, critérios como ter no máximo 50 mil habitantes e estarem localizadas nas regiões Norte e Nordeste. Também deverão ter prioridade os municípios com menor índice de desenvolvimento municipal.
"Eles [os prefeitos] terão dois meses para mandar as propostas. Selecionadas as prefeituras fazemos um registro de preços que deverão ser utilizados. Uma empresa integradora será contratada e será responsável de entregar a infraestrutura para essas cidades", explicou à Folha Pupatto.
Segundo ela, o ministério também deve arcar com a implantação de aplicativos que serão utilizados na área de saúde, educação, gestão tributária e financeira.
"O ministério acompanha por três anos. No fim desse período, nós fazemos uma doação de encargos ao município que terá a responsabilidade de tocar", disse a secretária.
INFRAESTRUTURA
Durante a palestra aos prefeitos, o ministro Paulo Bernardo ressaltou ainda a falta de infraestrutura para a instalação de novas antenas o que dificultaria a ampliação da rede de telefonia móvel no país.
"Temos uma deficiência de infraestrutura e um dos problemas é a instalação de torres e antenas nas localidades. Está ficando cada vez mais difícil porque tem problema ambiental, a questão paisagística da cidade. Ninguém quer que a cidade fique toda espetada de torres", disse Bernardo.
Segundo ele, outro motivo de entrave são as diferentes leis municipais utilizadas atualmente . Em algumas localidades, a instalação é proibida sob o argumento de que as antenas podem trazer riscos à saúde das pessoas.
"Nas cidades médias e grandes temos mais confusão ainda porque em alguns casos temos municípios que têm legislação própria para instalação de antenas. Não existe ainda uma lei federal", disse.
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