quarta-feira, 8 de junho de 2016

Waldir Maranhão reaparece e preside sessão de votação da DRU na Câmara
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Em Brasília
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  • Alan Marques/Folhapress
    O deputado Waldir Maranhão (PP-MA) preside sessão da Câmara dos Deputados que aprecia mudanças na DRU
    O deputado Waldir Maranhão (PP-MA) preside sessão da Câmara dos Deputados que aprecia mudanças na DRU
Após mais de uma semana sumido, o presidente interino da Casa, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), reapareceu e decidiu presidir a sessão plenária desta quarta-feira (8), em que serão votadas matérias importantes, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2023. É a primeira vez que o parlamentar maranhense comanda votações desde que assumiu o comando interino da Casa.
Além da votação em segundo turno da PEC da DRU, estão na pauta de votações desta quarta-feira o projeto de reajuste dos servidores da Defensoria Pública da União (DPU) e os requerimentos para tramitação em regime de urgência do projeto de Lei Complementar que altera regras para nomeações em empresas estatais e fundos de pensão e do projeto de Lei que cria a Universidade Federal de Rondonópolis, no Estado de Mato Grosso.
Após o início da votação, Maranhão decidiu retirar o pedido de urgência do projeto de criação da universidade em Mato Grosso, após protesto de deputados. "Se não cumprir o acordo, vamos para obstrução e vamos para cima do senhor", disse o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que criticou a proposta de criar uma universidade "com o Brasil quebrado". Ele se referia a acordo feito ontem por líderes partidários para priorizar a votação da DRU hoje.
Maranhão foi alvo de protesto na sessão plenária. O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) afirmou que o parlamentar não tem condições de comandar a Casa interinamente e cobrou a renúncia dele. "Deixe o posso, declare o cargo vago. Vossa excelência não tem condições de presidir esta Casa", afirmou Aleluia. "Vossa excelência está colocando esta Casa no mais baixo patamar. Vossa excelência não merece meu respeito na presidência desta Casa", acrescentou o deputado do DEM.
Coube a deputados do PT e do PTdoB fazerem a defesa de Maranhão. Os deputados José Geraldo (PT-PA) e Silvio Costa (PTdoB-PE) afirmaram que Maranhão foi eleito primeiro vice-presidente da Câmara e está no comando interino por decisão do Supremo Tribunal Federal, que afastou Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Casa.
Desde que assumiu o comando interino da Câmara, Maranhão chegou a presidir duas sessões da Câmara, mas não houve votações em nenhuma delas. A primeira foi no dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu afastar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Casa. A segunda, quando Maranhão abriu a sessão e foi alvo de várias críticas de deputados do DEM, PSDB e PPS, que são contra sua presidência interina.
Para diminuir a pressão pela sua saída, Maranhão aceitou a solução de "Rainha da Inglaterra". Ele permanecia oficialmente como presidente interino da Câmara, mas o comando de fato da Casa ficaria com outros membros da Mesa Diretora. Desde então, as sessões plenárias estavam sendo presididas pelo 2º vice-presidente da Casa, deputado Fernando Giacobo (PR-PR), ou pelo 1º secretário da Mesa, deputado Beto Mansur (PRB-SP).

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