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Banco
Central mantém taxa Selic em 11% ao ano e possível queda nos juros passa a ser
cogitada: O Copom (Comitê de Política Monetária), em reunião finalizada na noite de
quarta-feira, 16, decidiu por unanimidade manter a atual taxa básica de juros da
economia, a chamada Selic, em 11% ao ano, sem viés. Esta decisão corrobora a
opção pela manutenção no patamar de juros já tomada na reunião anterior do
colegiado, que encerrou um longo ciclo de alta de juros com o objetivo de conter
a inflação. Segundo o comunicado do Copom divulgado imediatamente após a
reunião, esta decisão está baseada na ‘evolução do cenário macroeconômico e as
perspectivas para a inflação’ para este momento, o que abre brechas para
interpretações de que poderá haver uma mudança na condução da política monetária
no curto/médio prazo, a depender do comportamento dos índices inflacionários e
de atividade econômica.
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Comentário: A
manutenção da taxa de juros em 11% já era esperada pela quase totalidade dos
analistas, apesar de ainda se encontrar pressões de alguns economistas pelo
aumento ainda maior da Selic. O fato é que, com a inflação sob controle e
cadente a partir do mês de maio, conjugada a um cenário de desaceleração
econômica devido à queda nas expectativas empresariais, o aumento da taxa de
juros pode se mostrar não apenas ineficaz no combate à carestia, mas também
fatal para qualquer projeto de crescimento e ampliação do investimento privado
no futuro próximo. Sendo assim, alguns analistas já passaram a considerar a
hipótese de redução das taxas de juros ainda ao final deste ano, caso os
impactos inflacionários de um possível aumento dos combustíveis e da energia
elétrica não se dissipem para o conjunto dos preços do varejo. A redução dos
juros com controle inflacionário é uma das condições necessárias (mas não
suficiente) para o início de um novo ciclo de desenvolvimento sustentado
alavancado pela elevação dos
investimentos. |
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