sábado, 26 de abril de 2014

Sangue de dragão cura infecções de aidéticos

Uma seiva extraída a partir do "croton palanostigma" - uma árvore nativa da Região Amazônica - pode ser a maior descoberta científica importante para o tratamento e cura de cólera, úlcera, gastrite, tumor e ferimentos. Várias pessoas já testaram a eficácia do remédio, mas as propriedades medicinais ainda estão sendo estudadas pelo pesquisador Ezequiel Borges da Silva Neto - um engenheiro civil que resolveu descobrir os segredos do maior laboratório farmacêutico natural do mundo: a Hiléia Amazônica - ou o "Inferno Verde", como preferem convencionar alguns historiadores.

"Por enquanto, não há comprovações científicas de que a seiva elimina o Hiv, mas o sangue de dragão, realmente, cura as infecções oportunistas dos aidéticos, controlando as patologias generalizadas, sobretudo as doenças estomacais", garante a acadêmica de Biologia, Jorgeane Cerdeira Barbosa, da Faculdade São Lucas.

Conhecida há milhares de anos pelos indígenas do altiplano andino e encontrada em abundância e com freqüência no grande Vale do Rio Madeira, a planta denominada sangue de drago ("croton lechleri") , agora, está passando por um processo de domesticação, na Fazenda Kaxarari - no distrito de Vista Alegre, município de Porto Velho. A exploração da árvore, segundo Ezequiel Borges, representa uma perspectiva de crescimento econômico para os Estados de Rondônia e Amazonas.

Também conhecida com "árvore da eternidade", a planta tem uma seiva, que é um alcalóide com princípio ativo denominado taspina, do qual a indústria americana produz "Provir" e "Virend", medicamentos disponíveis no mercado farmacêutico mundial e utilizados na cura da diarréia do aidético e no herpes zoster, respectivamente, segundo observações de Jorgeane, uma autodidata em pesquisa medicinal, que divide com Ezequiel Borges, a missão de desvendar os mistérios do "croton lechleri".
Segundo o pesquisador paulista, a planta tem sua seiva ou látex vermelho escuro - da cor de sangue. Daí, a denominação de Sangue de Dragão. "A árvore é conhecida entre os indígenas da Região Amazônica que a utilizam para assepsia no parto, na cicatrização de feridas e cortes e, principalmente, contra dores intestinais causadas por gastrites ou vermes e outros males", destaca Ezequiel Borges, que agora está sendo procurado até por pessoas que fizeram cirurgia de vesícula biliar. É que, por ser adstringente, o remédio serve para cicatrização interna.
Não obstante a planta ainda seja desconhecida dos botânicos brasileiros, seu látex é comercializado nas feiras do Peru, Bolívia, Equador e Colômbia - e faz parte da pauta de exportações de países amazônicos, atingindo valores expressivos - o valor da seiva refinada está sendo comercializada a 2,5 mil dólares o quilo.


Fonte: Estadão

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