Veja diz que o que Vaza Jato já divulgou não é nada ante o que vem aí

Matéria da revista Veja assinada por Ricardo Noblat revela que
Moro, Dallagnol e cia. podem começar a se preocupar, pois o que o
intercept publicara sozinho, até aqui, não é nada perto do que
publicará em parceria com a Folha de SP. Confira.
*
O que foi revelado de grave pelo site The Intercept até a semana
passada a respeito das conversas do ex-juiz Sérgio Moro com procuradores
da Lava Jato, e hoje pelo site em dobradinha com a Folha de São, não é
nada se comparado com o que está por vir.
Imagine só se fosse dado a conhecer o teor das conversas de Moro com
os procuradores no dia em que um juiz de plantão mandou soltar o
ex-presidente Luiz Inácio da Silva… Ou parte do que disse Moro em
telefonemas para
Por sinal, naquele dia, o PT já havia se preparado para recepcionar
Lula em liberdade. Ele seria levado para um acampamento do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra. E dali seguiria em caravana para São
Bernardo do Campo, em São Paulo.
Tropas do Exército entraram em prontidão tão logo a ordem do juiz
tornou-se pública. Se Lula fosse de fato libertado, mas a ordem do juiz
suspensa em seguida, o Exército daria suporte às forças policiais
destacadas para prendê-lo outra vez.
Mas essa história será mais bem contada no futuro. De volta a mais um
capítulo das trocas de mensagens entre Moro e os procuradores. As
publicadas, hoje, pela Folha só reforçam a suspeita de que era Moro quem
de fato comandava a Lava Jato.
Juiz pode pedir investigações. Mas não pode atuar em parceria com a
acusação ou com a defesa quando lhe cabe julgar um processo. Evidente
por tudo que foi mostrado, e pelo que resta a ser, que Moro privilegiou,
sim, a acusação em prejuízo da defesa.
Em outro país onde a Justiça se leva a sério e a sério também é
levada, o que vem sendo revelado a conta gotas seria razão mais do que
suficiente para anular a condenação de Lula. Que tudo ou quase tudo
fosse refeito, e o caso repassado a outro juiz.
Contra Moro então se abriria um processo no Conselho Nacional de
Justiça. Mas não estamos em outro país. Estamos no único com nome de
árvore. Quando nada, isso deveria servir para que as florestas fossem
preservadas. Infelizmente, não serve.
Aqui, dá-se como razoável que o juiz que tira de cena o líder das pesquisas eleitorais largue a toga para virar ministro do presidente que se elegeu favorecido por sua decisão. E uma vez acusado de ter dito o disse, responda que não reconhece o que disse.
Por sinal, trata-se do mesmo juiz que cobrou com afinco e desassombro de delatores e testemunhas de fatos ocorridos há muitos anos que lembrassem exatamente o que viram, ouviram e disseram. Ai daqueles que não o atendessem.
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