Edir Macedo ganha a vida com um negócio chamado charlatanismo. Por Luis Felipe Miguel
POR LUIS FELIPE MIGUEL
Edir Macedo ganha a vida com um negócio chamado charlatanismo. Tira dinheiro das pessoas prometendo coisas que sabe que não pode cumprir. Abusa de dois princípios liberais – a liberdade religiosa e a liberdade de expressão – para permanecer impune.
Agora, ele está processando um sebo no interior de Rio de Janeiro por
ter colocado uma faixa dizendo que a obra de Bolsonaro, Malafaia e
dele, Macedo, é uma vergonha para a humanidade.
A direita invoca o princípio da liberdade de expressão – que é
fundamental e precisa ser preservado – como salvo-conduto para todo o
tipo de barbaridade. Ao mesmo tempo, usa seus recursos para impedir as
críticas a ela.
Para o dono da Igreja Universal, do alto dos milhões que os fiéis lhe
dão a cada mês, é fácil colocar um de seus advogados para ameaçar os
críticos. Para os donos do sebo, o custo da defesa sai bem pesado e o
risco de condenação à indenização de 25 mil reais, pedida pelo bispo, é
um pesadelo.
O recado que Macedo quer dar, assim como outros empresários com
comportamento similar, é simples: sua liberdade de expressão não é páreo
para meu poder econômico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário