domingo, 23 de junho de 2019

Vaza-Jato renasce na Folha

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Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato envolvidos na Vaza Jato disseram e fizeram tudo ao contrário do que vêm dizendo sobre a fórmula encontrada para mostrar ao país e ao mundo que a famosa operação de combate à corrupção teve foco político e violou garantias constitucionais dos alvos para encarcerar esses alvos sem um julgamento justo.


Inquisição.
A falta de provas  contra Lula ficou clara nos diálogos dos primeiros vazamentos divulgados pelo The Intercept Brasil e o gênio da estratégia que fundou e pilota o site, Glenn Greenwald. Mas até há pouco, Moro, a Lava Jato, a Globo, FHC e Bolsonaro apelavam para o pequeno porte e o renome neófito do site. Mas a festa acabou…
A estratégia de Greenwald de aliar-se à Folha de SP e, provavelmente, à TV Bandeirantes é brilhante. Ficará dificílimo entoar o discurso de que tudo que está sendo divulgado foi inventado por um “comunista” estrangeiro tendo grandes e renomados órgãos de imprensa a chancelarem a integridade do material e a veracidade dos diálogos capturados.
Não é à toa que a Folha de SP relatou, na sua edição de estreia como divulgadora privilegiada dos grampos do Intercept, que buscou nesses grampos conversas de seus jornalistas com Moro e procuradores do MPF e lá encontrou tudo na íntegra.
Ora, o Intercept não poderia adivinhar as conversas que jornalistas da Folha ou de qualquer outro veículo haviam tido com Moro ou com procuradores da Lava Jato. Eis a prova da  veracidade do material, pois.
Após a sessão monocórdica de Sérgio Moro repetindo ad nauseam no Senado que não reconhecia a integridade dos diálogos em que aparecia em suruba jurídica com Dallagnol e outros procuradores, todos postos a nu, chegou-se a aventar  um “encolhimento” do escândalo.
Greenwald deu uma guinada de 180 graus e a Vaza Jato volta ao status de mega escândalo com o maior jornal do país chancelando tudo, inclusive favorecendo Lula apesar de esse veículo ter sido um dos carrascos do ex-presidente ao longo do processo que o encarcerou.
Neste exato momento, Moro, Dallagnol, a família Marinho, Edir Macedo, Sílvio Santos, os picaretas do Antagonista, MBL e todos os outros que, por ações pretéritas, elegeram o extremista de direita Jair Bolsonaro com seus atos e omissões, tremem ante informação espetacular:  vozes e imagens de todos podem aparecer no último capítulo…

Ou antes.

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