Sérgio Moro, um juiz de piso pequeno e pouco afeito a contestações, por Eugênio Aragão
sex, 08/12/2017 - 19:59

Sérgio Moro, um juiz de piso pequeno e pouco afeito a contestações
por Eugênio José Guilherme de Aragão
Disse o Sérgio Moro de sempre, diante de um comentário do
ex-presidente Lula sobre os desmandos da justiça, que não debateria
“publicamente com pessoas condenadas por crimes”.
É
a cara dele. Acha-se no direito de tecer comentários sobre tudo e sobre
todos, projetando-se indevidamente numa arena que não pode ser sua como
magistrado, a política. Mas, quando é confrontado politicamente, coloca
o rabo entre as pernas e se escuda brandindo uma autoridade de que
carece, pois argumentos não tem. Só sabe repetir sua insossa ladainha
moralista de “combate à corrupção”. Gosta de falar sem ser contrariado,
de preferência de seu pódio majestático de juiz de província na sala de
audiências. Lá ele corta a palavra, censura, ameaça e admoesta.
Quem
está na chuva é para se molhar, Seu Moro! Quer vir para o debate
político, enfrente os políticos debatendo! A covardia autoritária aqui
não tem vez, pois, na democracia (se é que você é os seus ainda a
respeitam) o discurso é horizontal, sem pódios majestáticos.
O
ex-presidente Lula, quem tem muita lição moral a lhe dar, foi condenado
por Moro num processo sem provas, previamente anunciado, após ser-lhe
restringido publicamente o direito à auto-defesa no interrogatório. Só
não o vê o presidente do TRF, que, sem lê-la, disse que a sentença
contra Lula é perfeita, e o desembargador-relator da apelação, para quem
Moro parece ser Deus na terra.
“Não
debato com pessoas condenadas por crime” é prova do desrespeito desse
juiz de província para com o princípio da presunção de inocência. Mas
não tem problema. Quem diz que o magistradinho de piso é digno de
debater com Lula? Terá que comer ainda muita sopa!
Nenhum comentário:
Postar um comentário