Geddel, Funaro e Cunha não serão julgados por Sergio Moro, decide Supremo

Imagens: O Globo
 
 
Jornal GGN - Os políticos denunciados com Michel Temer mas que não possuem mais foro privilegiado - caso de Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima e Rodrigo Rocha Loures - devem continuar sendo processados em primeira instância, mas não mais pelo juiz Sergio Moro. É o que decidiu o Supremo Tribunal Federal nesta terça (19).
 
Os ministros confirmaram por unanimidade a decisão do relator da Lava Jato no Supremo, Edson Fachin, que fatiou a denúncia contra Temer, separando quem tem foro de quem não tem. Mas o julgamento que enviou os processos dos ex-deputados para a Justiça de Brasília foi dividido.
 
O clima tenso chegou a gerar um embate entre Gilmar Mendes e Luis Roberto Barroso, quando o primeiro magistrado apontou que a delação da JBS - que inclui as gravações contra Michel Temer e a filmagem da mala com R$ 500 mil retirada por Loures - foi um erro. Barroso respondeu que as provas colhidas eram inegáveis.
 
A decisão de tirar os processos das mãos de Moro não atende ao desejo dos políticos investigados. Cunha e Geddel haviam pedido ao Supremo para revogar a decisão de Fachin que fatiou os inquéritos. Na prática, eles queriam fazer parte da mesma ação protagonizada pelo presidente da República, que está paralisada porque a Câmara não deu autorização ao STF para processar o peemedebista.