segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Governo federal 'faz de conta' com a crise, diz líder do PSB na Câmara

DANIEL CARVALHO
DO RECIFE
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O líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), disse nesta segunda-feira (19) que o governo federal "brinca" com a crise econômica e que "faz de conta que está tudo bem".
Segundo Albuquerque, até o início de setembro, o PSB deve entregar à presidente Dilma Rousseff um documento "deixando claro quais são as nossas preocupações e quais são as nossas propostas para que o Brasil não brinque com a crise".

"Se brincar com a crise, com a inflação, com as contas públicas, nós podemos por a perder muitas conquistas que elevaram 40 milhões de brasileiros à classe média", disse o deputado, antes de uma reunião no Recife convocada pelo presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos (PE), com os líderes do partido nos seis maiores colégios eleitorais do país (SP, MG, BA, RJ, PR e RS).
Beto Albuquerque disse achar necessárias "algumas decisões sobre a condução da economia", mas afirmou que seu partido não é adepto da filosofia de "quanto pior, melhor".
"Acho que o Brasil está correndo atrás da inflação ou fazendo de conta que não está vendo", afirmou. "Se o governo não consegue enxergar isso ou não quer enxergar isso para fazer de conta que está tudo bem, isso pode custar muito caro para o país", disse o líder do partido.
2014
Albuquerque disse que o PSB deverá ter candidato próprio ao governo em outros seis Estados, além dos seis que já governa. Somariam-se a PE, AP, PI, PB, CE e ES o Distrito Federal, GO, TO, MG, BA e RR.
Eduardo Campos disse que ainda não há uma definição sobre a disputa em São Paulo, onde o PSB integra o governo Geraldo Alckmin (PSDB).
O líder do partido na Câmara disse que só será candidato no Rio Grande do Sul se precisar formar palanque para Campos.
"Se for necessário para dar bases à candidatura ou à definição do Eduardo, eu não tenho nenhum problema de ser candidato a governador", afirmou.
Outra meta do partido, segundo o presidente do PSB de Minas, Julio Delgado, é fazer o número de deputados federais subir de 35 para 50 no ano que vem.
Até outubro, o PSB mineiro deve fazer como em São Paulo e consultar seus diretórios municipais sobre a viabilidade da candidatura de Eduardo Campos à Presidência.

Ao longo de setembro, o partido também deve ouvir líderes pessebistas de todos os Estados para discutir as estratégias até 5 de outubro, data limite para filiação partidária, e os palanques que serão formados pelo país.

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