sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O PROBLEMA DA MUDANÇA (EGS,pp. 36-49)

Anaxágoras de Clazômenas (455 a. C.) tutor de Péricles em Atenas, resolveu de maneira semelhante o paradoxo de Parmênidas. Enfocando o nosso corpo, no entanto, perguntava-se como era possível um cabelo, por exemplo, surgir a partir de "não-cabelo". Concluiu que o cabelo já deveria existir em nosso alimento, enunciando então que "em tudo há uma porção de tudo". Um cabelo, então, deve ter existido desde o começo, na mistura original de todas as coisas.

Outra abordagem para o problema da mudança foi o atomismo de Leucipo de Mileto (435 a. C.) e Demócrito de Abdera (410 a. C.). Segundo esta visão, só têm realidade os átomos e o vazio. Qualquer diferença que observamos no mundo é devido a modificações na forma, arranjo e posição dos átomos. Haveria um número infinito de átomos espalhados no vazio infinito. Os átomos estariam em movimento contínuo, chocando-se frequentemente uns com os outros. Nas colisões, os átomos podem rebater ou então se ligarem através de ganchos ou formas complementares.

Os atomistas, assim, escapavam das conclusões eleáticas postulando uma infinitude de seres( os átomos) e também a existência do não-ser( o vácuo). Demócrito foi um escritor prolifico, redigindo tratados de fisica, astronomia,zoologia,botânica,medicina,agricultura, pintura e guerra. Aplicou em detalhe o atomismo em sua doutrina das qualidades sensíveis.

Os pensadores do sec. V a. C. ocupavam-se com explicações sobre todo tipo de questão: Por que o mar é salgado? Por que o Nilo transborda? Como ocorre a diferenciação sexual em embriões?

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