domingo, 7 de outubro de 2012

ECONOMIA SOLIDÁRIA

A prática da Economia  Solidária, no seio do capitalismo, nada tem de natural. Ela exige dos individuos que participam dela um comportamento social pautado pela solidariedade e não mais pela competição. Mas,as pessoas que passam do capitalismo à Economia Solidária foram educadas pela vida a reservar a solidariedade ao relacionamento com familiares,amigos, companheiros de lutas, isso é com pessoas às quais estão ligadas por laços de efetividade e confiança.
No plano econômico, cada um está condicionado a afirmar seus interesses individuais, vistos como antagônicos aos dos outros. Prevalece a lógica do mercado, em que todos competem com todos, cada um visando vender caro e comprar barato, para maximizar seu ganho.  O individualismo impõe-se, enquanto ideologia, em grande medida porque leva os participantes a comportamentos"racionais" nos mercados. A norma implicita dessa "racionalidade" é que, na economia de mercado, os ganhos de uns correspondem a perdas de outros. Competir significa agir para impor perdas aos "outros" e para evitar que os "outros" façam isso conosco. A inspiração aqui vem da Origem das espécies, de Darwin, segundo a qual só sobrevivem os mais aptos.
Como diz o nome - Economia Solidária - o que essa propõe é "a prática da solidariedade no campo econômico" .Como ela visa a uma sociedade de iguais, a Economia Solidária opõe -se à idéia de que o jogo econômico é inevitavelmente de soma zero. Em vez disso, ela sustenta que a cooperação entre os participantes torna possível que todos ganhem. Esse pressuposto tem comprovação empirica. Quando várias pessoas dividem uma tarefa entre elas, de modo que cada uma encarrega-se de uma parte diferente do trabalho, via de regra produz-se mais com menos esforço do que se cada um produzisse isoladamente, realizando o trabalho por inteiro. ( Paul Singer)

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