Não é homônimo: o suspeito de fraude é mesmo Hélio Negão, amigo de Bolsonaro

Confira, primeiro, o relatório do Tribunal de Contas sobre a quadrilha.
Consta nos autos que o servidor Luiz
Henrique Nunes da Silva foi preso em flagrante no momento em que estava
no atendimento na APS Santa Cruz – IPL 382/2009-5/DELEPREV/SR/DPF/RJ
(peça 1, p. 64) . Ao ser interrogado perante a Polícia Federal o
servidor confirmou as irregularidades ao relatar que (peça 1, p. 91) :
‘ (…) na ocasião da sua prisão confirma que estava processando benefícios sem a presença dos segurados;
que isso foi feito por pedido do Sr. HÉLIO NEGÃO, – que HÉLIO NEGÃO era
um despachante previdenciário que atuava na APS Santa Cruz; que o
declarante o conhecia em virtude da presença do mesmo na APS e de
contados (sic) feitos em uma padaria próxima, onde os mesmos tomavam
café; que HÉLIO NEGÃO pediu ao declarante para conceder os referido benefícios, independentemente das pessoas estarem presentes;
que HÉLIO NEGÃO se dizia candidato ao cargo de vereador no município do
Rio de Janeiro e ofereceu ao (sic) uma eventual vaga de emprego para o
filho do declarante, caso fosse eleito; que afirma que fez outras
concessões a pedido de HÉLIO NEGÃO; que essas concessões eram feitas sem
a presença de qualquer segurado (…) ’
Ora, em 2016 Hélio Negão foi candidato a vereador pelo PSC em Nova Iguaçu.
“tentar
direcionar uma apuração de crime previdenciário para um alvo chamado
Hélio Negão, o mesmo apelido usado pelo deputado Hélio Fernando Barbosa
Lopes, amigo do presidente Jair Bolsonaro”.
A possibilidade de inclusão indevida do nome em um inquérito foi o que motivou o ministro da Justiça, Sérgio Moro, a determinar uma apuração sobre
o caso na segunda-feira, 9. Ainda não está claro para a Polícia
Federal, porém, se o alvo da investigação era o próprio deputado ou um
homônimo”.
É evidente que a coincidência entre o nome e a candidatura a vereador atropela qualquer análise de probabilidade.
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