Procurador vai ganhar dinheiro como advogado
Atuar na Lava Jato é tirar a Mega-Sena
publicado
07/03/2017
Do Estadão:
O procurador da República Marcelo
Miller, que integrava o grupo de trabalho da Lava Jato em Brasília,
pediu exoneração do Ministério Público Federal (MPF). Ele deve sair
oficialmente da instituição nos primeiros dias de abril e vai se dedicar
à advocacia. Miller foi um dos responsáveis por colher depoimentos de
delação premiada considerados chave na investigação conduzida pela
Procuradoria-Geral da República (PGR), como os acordos do senador
cassado Delcídio Amaral e do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Ele também participou da negociação da delação da Odebrecht, nos primeiros meses das tratativas, mas depois deixou a equipe.
Desde o início do segundo semestre do
ano passado, Miller se afastou do grupo de trabalho da Lava Jato na PGR,
permanecendo apenas como colaborador eventual.
O procurador da República deve se
dedicar à área de compliance, que trabalha na prevenção de práticas
criminosas dentro de empresas. Procurado, ele não quis comentar a saída
da instituição.
Miller é o único entre os procuradores
que já fizeram parte do chamado GT - o grupo de trabalho do
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na Lava Jato - a deixar a
carreira para advogar, até o momento. O caminho do Ministério Público
para a advocacia, no entanto, já foi feito por outros ex-procuradores da
República como Eugênio Pacelli e Luciano Feldens - este último, um dos
advogados que negociaram a delação de Marcelo Odebrecht.
(...)
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