terça-feira, 7 de março de 2017

HANGOUT   DA  LISTA DA  ODEBRECHT, POR  LUIS  NASSIF


Dificilmente, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tomará uma atitude mais incisiva em relação aos políticos, mantendo um ritmo lento em suas denúncias

Jornal GGN - A segunda lista de Janot, feita com base na delação da Odebrecht, deve ter impactos tímidos quando o assunto é apresentação de denúncias ao Supremo Tribunal Federal. Além de a Suprema Corte ser mais criteriosa com as revelações da Lava Jato do que o juiz Sergio Moro em Curitiba, o modus operandi de Rodrigo Janot indica que o procurador-geral dificilmente tomará alguma atitude mais incisiva em relação aos políticos delatados, mantendo ainda a blindagem a Aécio Neves e aliados do PSDB.
Isso não significa, porém, que o noticiário feito com base em vazamentos não respingará na imagem da tríade tucana que está de olho nas eleições de 2018 - Aécio, José Serra e Geraldo Alckmin. Com o tiroteio à frente, esboça-se um cenário em que João Doria, prefeito de São Paulo fora do circuito da Lava Jato, aparece como candidato virtual do PSDB ao Planalto.
Enquanto isso, o governo Temer continua a provar-se muito caro para as forças que sustentaram o golpe do impeachment. O aprofundamento da recessão econômica associado aos escândalos que pipocam sucessivamente nos jornais aumentam as chances de queda do presidente.

É o que analisa o jornalista Luis Nassif, diretor de redação do GGN, no "Hangout da lista da Odebrecht".

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