PSDB CONSOLIDA ESTRATÉGIA DIANTE DE POSSÍVEL QUEDA DO GOVERNO TEMER
Atualizado em 04/12/2016 - 16:55
Jornal GGN - Em meio às análises sobre
possibilidades do que a oposição a Michel Temer já denominou como "golpe
dentro do golpe", com as mudanças introduzidas pela gestão peemedebista
e, em seguida, após a queda de Temer, a tentativa de um nome do PSDB
assumir a Presidência do país, Fernando Henrique Cardoso voltou a dar
sinal verde como este nome do partido.
Por outro lado, a nova manifestação de FHC foi no sentido de que a
imagem denegrida de Temer, por conquistar o cargo após um impeachment e
não uma eleição direta, traria prejuízos maiores a um possível indicado
pelo Congresso.
Isso porque se o atual presidente Michel Temer for destituído, a
legislação prevê que o novo nome é escolhido pelo Congresso Nacional, em
eleição indireta, para cumprir os restantes dois anos de mandato, antes
de uma nova eleição popular.
A escolha pelos parlamentares estaria na direção de um nome do
PSDB. Por isso, manifestações mais sucessivas partem de caciques da
sigla, como Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso.
Ainda não certos da possibilidade real de que Temer caia, mas já
com vistas a esse planejamento, os tucanos apresentam-se ainda fiéis ao
mandato do peemedebista. Não à toa, Aécio foi um dos primeiros a se
posicionar favorável ao governo atual, quando estourada a crise
ministerial com as denúncias do ex-ministro Marcelo Calero, do PSDB.
FHC, em seguida, também criticou o indicado da sigla para o
Ministério, que gravou conversas comprometendo o braço direito do
governo, Geddel Vieira Lima, e o próprio presidente Michel Temer.
Mais recentemente, contudo, FHC mostrou que o partido vem se
preparando. "Prefiro acreditar que isso [impeachment de Michel Temer]
não vá acontecer. Faço todo esforço para que não haja a queda de Temer.
(...) Mas se a pinguela cair, o Congresso terá de convocar eleições
diretas. Porque é difícil governar nessa situação de escolha indireta
pelo Congresso", disse.
A fala foi concedida em entrevista ao programa "Diálogos", de Mario
Sergio Conti, na Globonews, na noite de quinta-feira (01). Mostrando o
duplo lado do partido, que hoje compõe boa parte do Ministério de Temer,
também se posiciona com críticas engatilhadas para a possível derrota
do peemedebista.
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