CRISE POLÍTICA SE INTENSIFICA E PARTIDOS AMEAÇAM SAIR DA BASE DE TEMER
ter, 13/12/2016 - 18:13
Atualizado em 13/12/2016 - 18:36
Jornal GGN - O desgaste das denúncias das delações
Odebrecht junto à equipe de governo e ao próprio presidente Michel
Temer provocaram um agravamento da crise da gestão peemedebista. As
informações são de que partidos da Câmara ameaçam abandonar a base
aliada e se posicionar contra propostas de interesse do Planalto.
Desde a primeira grave crise ministerial de Temer, com a saída de
Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo, a instabilidade do governo
só foi segurada, dentro do Congresso, pelos líderes e presidentes das
Casas Legislativas.
Mas diante da impopularidade das medidas aprovadas, como o projeto
de 10 Medidas na Câmara e a PEC 55, do Teto dos Gastos Públicos, no
Senado, partidos que se aliaram ao governo para alcançarem status ou
cargos de primeiro a terceiro escalão ameaçam abandonar o barco.
O ápice ocorreu neste final de semana, quando as delações da
Odebrecht se intensificaram na mira de Temer e de seus aliados e uma
pesquisa Datafolha mostrou que 51% dos entrevistados acham o governo
ruim ou péssimo.
Divulgada no domingo (11), o levantamento mostrou que a
popularidade de Temer despencou em cinco meses de gestão. Se antes os
que consideravam o governo ruim ou péssimo eram 31%, agora o resultado é
de um aumento de 20 ponto percentuais.
Além disso, a pesquisa também questionou o cenário de um primeiro
turno de eleições em 2018, revelando que 45% da população não votaria em
Michel Temer, colocando-o no topo do ranking de rejeição para o pleito
presidencial.
Com o cenário de crise política enfrentada por Temer, a escolha do
presidente para quem iria substituir Geddel na Secretaria de Governo não
ficou tão fácil. Se, de um lado, o partido de maior impacto para o
apoio da manutenção do governo era o PSDB, encarregando Imbahassy no
posto, agora partidos médios reivindicam a pasta.
Siglas do "centrão", incluindo PP, PSD e PTB analisam inclusive o
boicote a medidas do governo futuras, como a reforma da Previdência e
outras consideradas impopulares. Além disso, o PSB também estuda sair da
base de apoio, por não concordar com a gestão de Temer.
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