sexta-feira, 29 de julho de 2016

SEMENTES DA PAIXÃO

“Participo da Rede de Sementes do Polo e fui convidada a participar do
lançamento do Brasil Sem Miséria, em Solânea. É com tristeza e indignação que
vemos um programa do governo que restringe as variedades dos agricultores.
Um programa que traz a questão da miséria como foco principal, lançando uma
ou duas variedades, enquanto existe uma enorme quantidade de sementes que
ao longo da história os agricultores vêm conservando. Isso gera uma sensação
de raiva mesmo, vontade de tocar fogo naquelas sementes. Isso desconsidera
um conhecimento a respeito do que, ao longo da história, foi o que trouxe a
soberania alimentar. Daí perguntamos: qual o papel da pesquisa? Se for trazer
conhecimento e autonomia para os agricultores/as fi camos felizes. Mas se for
para aumentar a submissão às sementes únicas, das empresas, então de que
serve?”
(depoimento de agricultor paraibano sobre a importância das sementes crioulas).

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