sábado, 8 de novembro de 2025

PERDENDO POSIÇÕES

Perdendo posições Industria mundial cresce, enquanto Brasil perde posições Publicado em 07/11/2025 Compartilhe: TelegramWhatsAppTwitterFacebookLinkedInEmail Os últimos dados divulgados pela UNIDO (United Nations Industrial Development Organization) apontam para um novo crescimento da indústria manufatureira mundial no 2º trim/25, puxada pela aceleração na Ásia e Oceania. Do ponto de vista setorial, o destaque segue sendo os de alta intensidade tecnológica. No 2º trim/25, a produção da indústria de transformação global registrou variação de +1,1% em relação ao trimestre anterior, já descontados os efeitos sazonais, mantendo o mesmo ritmo da entrada do ano (+1,2% em jan-mar/25). É nítido o contraste com a indústria brasileira. Como sabemos, o aumento dos níveis de taxas de juros no país tem cobrado um preço elevado do nosso dinamismo industrial. A produção da indústria de transformação registrou forte desaceleração ainda na comparação com o trimestre anterior, assinalando variação negativa de -0,6% no 2º trim/25. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a divergência de desempenho é igualmente flagrante. Para o total mundial, houve alta de +4,0%, uma clara resiliência em relação ao 1º trim/25 (+4%). Por sua vez, no Brasil, a produção industrial desacelerou de +2,5% em jan-mar/25 para apenas +0,4% em abr-jun/25. A partir da base de dados da UNIDO, o IEDI construiu um ranking da evolução da produção industrial destacando a posição do Brasil. A amostra nesta Carta IEDI conta com 79 países, devido à disponibilidade de informações para o 2º trim/25. Deste conjunto de países, tomada a comparação frente ao mesmo período de 2024, o Brasil ocupou a 59ª colocação no 2º trim/25. A desaceleração industrial do período abr-jun/25 nos fez descer 21 posições em contraste com o lugar ocupado no 1º trim/25 (38º). Em contraste com a colocação do 2º trim/24 (24ª), caímos 35 posições. A resiliência industrial no mundo foi ancorada pela performance da Ásia e Oceania exceto China, África e América Latina e Caribe, em menor medida. Em todas estas regiões houve sinais de aceleração. No caso asiático, o avanço frente ao período anterior foi de +0,6% para +1,6% do 1º para o 2º trim/25 e frente ao ano passado, de +3,7% para 4%. Contribuiu para isso a ampliação das exportações de manufaturados de Filipinas, Singapura, Taiwan e Vietnã. Receba os destaques do dia por e-mail Cadastre-se no AEPET Direto para receber os principais conteúdos publicados em nosso site. Nome Sobrenome E-mail Telefone / WhatsApp Ao clicar em “Cadastrar” você aceita receber nossos e-mails e concorda com a nossa política de privacidade. As indústrias africanas e latino-americanas, por sua vez, progrediram de +0,7% para +1,1% e de +0,3% para +0,5%, respectivamente, na comparação com o trimestre imediatamente anterior. No contraste interanual, houve alta de +5,1% na África e de +2,4% na América Latina, no 2º trim/25. Cabe observar que a melhora latino-americana deveu-se muito a México, visto que Brasil e Argentina não se saíram bem. Por outro lado, a produção manufatureira da China perdeu um pouco de ritmo (-0,3 ponto percentual), mas menos do que poderia indicar a deterioração da relação sino-americana, notadamente com a escalara tarifária de abr/25. Já os países da América do Norte e Europa mantiveram sua trajetória de resultados voláteis, com uma performance inferior à do início do ano. EUA e Canadá, na comparação do 2º trim/25 com o 1º trim/25, registraram +0,5%, após crescimento de +0,9% no trimestre anterior, e a indústria europeia, a despeito do comportamento de suas exportações, ficou estagnada (0%), após alta de +1,2%. Frente ao 2º trim/24, a Europa perdeu -0,2 p.p. em sua taxa de crescimento, registrando +1,4%, e a América do Norte, cujo resultado foi de apenas +0,6%, foi a região onde a indústria menos cresceu pela quarta vez consecutiva. Setorialmente, no 2º trim/25, a indústria de maior intensidade tecnológica saiu na frente do resultado geral (+1,1%), apresentando aumento de +1,7% em relação ao trimestre anterior, enquanto os demais, de menor tecnologia, permaneceram estagnados. Tal robustez derivou sobretudo da produção de computadores e eletrônicos e outros equipamentos de transporte. Fonte(s) / Referência(s): IEDI Jornalismo AEPET

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