sábado, 22 de novembro de 2025

 

Ações de Eduardo e Flávio Bolsonaro para interferir no processo em favor do pai são “patéticas”, diz Moraes

Ex-mandatário foi preso preventivamente neste sábado e levado à sede da Polícia Federal em Brasília

18/11/2025 - O ministro Alexandre de Moraes, do STF, durante o julgamento da Ação Penal 2696 referente ao Núcleo 3 da trama golpista
18/11/2025 - O ministro Alexandre de Moraes, do STF, durante o julgamento da Ação Penal 2696 referente ao Núcleo 3 da trama golpista (Foto: Rosinei Coutinho/STF)
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247 – Na decisão que fundamentou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro neste sábado (22), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), descreveu como “iniciativas patéticas” as investidas de Eduardo e Flávio Bolsonaro, apontadas por ele como tentativas de interferir no andamento do processo em benefício do pai.

O ex-mandatário foi detido em casa e conduzido à sede da Polícia Federal em Brasília. Ele deverá passar por uma audiência com um juiz neste domingo (23).

Na decisão, Moraes afirmou: “A Democracia brasileira atingiu a maturidade suficiente para afastar e responsabilizar patéticas iniciativas ilegais em defesa de organização criminosa responsável por tentativa de golpe de Estado no Brasil”. O ministro declarou que Eduardo Bolsonaro teria “articulado criminosamente e de maneira traiçoeira contra o próprio País, inclusive abandonando seu mandato parlamentar”.

Em relação a Flávio Bolsonaro, acusou o senador de “insultar a Justiça de seu País” e tentar “reeditar acampamentos golpistas e causar caos social no Brasil, ignorando sua responsabilidade como Senador da República”.

A prisão preventiva foi solicitada pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal após a constatação de violação da tornozeleira eletrônica e risco de fuga. A Procuradoria-Geral da República concordou com o pedido. O equipamento apresentava sinais de avaria e marcas de queimadura, e Jair Bolsonaro admitiu: “Meti um ferro quente aqui”.

Moraes ainda levou em consideração a convocação de uma vigília feita por Flávio Bolsonaro em frente ao condomínio onde o pai cumpria medidas cautelares, movimento que, segundo o ministro, “indica a possível tentativa de utilização de apoiadores” para dificultar a fiscalização do cumprimento da prisão domiciliar.

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