Pedido de prisão de Aécio paralisa denúncia contra tucano
ter, 26/09/2017 - 15:48
Atualizado em 26/09/2017 - 16:08
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Jornal GGN - O Supremo Tribunal Federal (STF)
julga nesta semana o terceiro pedido de prisão contra Aécio Neves
(PSDB-MG) feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), quando o
procurador-geral era Rodrigo Janot.
Acusado de ser beneficiário do pagamento de R$ 2 milhões pela
J&F, por meio de seu primo e de sua irmã, o senador terá o pedido de
detenção analisado pela Primeira Turma do STF. A defesa de Aécio,
contudo, pediu que o caso seja levado ao Plenário do Supremo, sendo
julgado por todos os ministros.
Relator do caso, o ministro Marco Aurélio Mello já considerou que é
desnecessário que todos os ministros integrantes da Suprema Corte
julguem o caso. A PGR, por meio da defesa de Janot, também havia
manifestado pelo julgamento pela Primeira Turma.
Segundo o advogado de Aécio, Alberto Toron, o pedido de prisão do
tucano é uma questão "da mais alta relevância e gravidade". "A defesa do
senador confia na manutenção das decisões anteriores porque estão
alicerçadas no que diz a Constituição brasileira. O tempo e as provas
que vêm vindo à tona demonstrarão quem são os verdadeiros delinquentes,
que deverão responder por seus crimes", disse.
O julgamento que havia sido pautado originalmente para ocorrer no
dia 20 de junho foi adiado após uma questão preliminar da defesa. O
pedido de prisão não apenas decide um possível encarceramento de Aécio,
como também paralisa a denúncia apresentada pela PGR contra o tucano por
corrupção passiva e obstrução à Justiça.
A peça foi enviada ao STF no dia 2 de junho e indica o recebimento
de, pelo menos, R$ 2 milhões em propinas do senador do PSDB pela JBS, e
também tratativas do parlamentar de tentar impedir os avanços da
Operação Lava Jato.
No mesmo caso, a irmã de Aécio, considerada seu braço direito,
Andrea Neves, o primo Frederico Pacheco e o advogado Mendherson Souza
Lima também foram denunciados e presos, no dia 18 de maio, durante a
Operação Patmos. Eles conseguiram o benefício de deixar a prisão, após
terem o caso desmembrado e remetido à primeira instância.
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