Na cultura popular do sertão, quem trata os doentes é o benzedor, a rezadeira, o raizeiro, a parteira, o meizinheiro. As grandes diferenças entre o/a curador/a do povo e o médico profissional explicam a desconfiança do povo frente à medicina oficial. O médico não conhece as plantas medicinais e nenhuma benzeção. Além disso, parece melhor não conversar com o doutor sobre as simpatias.
Na religiosidade popular, qualquer cura é obra de Deus. Dizem: Deus cura e o médico manda a conta. As rezadeiras dizem: É Deus que cura, não podemos cobrar. Ouçamos o benzimento para mau jeito:
Te curo de carne quebrada, torna te a soldar./Nervo torto tona a seu lugar./Nervo que retorceste.Deus que te põe onde nasceste./Eu que te benzo. Deus que te sare./Onde eu ponho as minhas mãos. Nossa Senhora da santidade./Deus queira curar esta quebradura./esta rendidura que esse pobre enfermo tem./Seja pelo amor de Deus, seja tudo. Amém.// (Ribeirão Preto. SP. 1994)
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