A procuradora Marusa Vasconcelos Freire, do Banco Central, se inspirou no tema das moedas sociais para conquistar o título de doutora no Programa de Pós-Graduação em Direito, Estado e Constituição, da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília. No estudo, a pesquisadora traça um panorama universal das moedas no mundo, mas no caso específico brasileiro, também considera importante que o governo federal regulamente a matéria. Marusa destaca ainda a capacidade de a moeda social incentivar a produção local e a responsabilidade e autoestima das pessoas, promovendo a circulação de bens e serviços locais.
Em sua opinião, não será possível planejar e estruturar inovações tecnológicas, na base da economia criativa, " se uma espada de Dâmocles paira sobre as cabeças daqueles que se dedicam à construção de moedas sociais", referências à expressão pouco usada na atualidade, embora possa representar as situações difícies e perigosas vividas pelo homem moderno.
Segundo ela, além de serem utilizadas em programas de finanças solidárias, como pelos bancos comunitários, as moedas sociais também podem representar uma inovação tecnológica no enfrentamento da crise financeira internacional. "Como inovação tecnológica, as moedas sociais têm sido apontadas como instrumentos com potencial para enfrentar estruturalmente algumas deficiências do sistema monetário internacional, que estão nas origens da crise financeira global, em processo de transformação para uma grande crise de emprego no século XXI".(Revista RIOECOSOL - jan/fev/2012).
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