A partir da constatação de que as ações de combate à seca eram ineficazes, organizações da sociedade civil com atuação no campo, junto com agricultores e agricultoras, passaram a trabalhar sob uma nova lógica, a que chamamos convivência com o Semiárido. São práticas populares que, nos últims anos, vêm mudando a imagem do Semiárido.
Esse novo jeito de trabalhar na região tem no armazenamento da água de chuva o fio condutor para um conjunto de práticas que vão, gradativamente, dando corpo a um projeto de desenvolvimento sustentável para o Semiárido.
Tecnologias sociais populares para captar e guardar a água da chuva, estocar ração para animais e alimentos para pessoas, associadas ao maneo adequado da terra e dos recursos hídricos existentes, descontroem o mito da região seca, pobre e improdutiva. As ações de convivência com Semiárido consideram as especificidades e potencialidades locais e respeitam os limites e as fragilidades da região. São técnicas simples e inovadoras de produção de alimentos, adaptadas à realidade de cada município, de cada comunidade. Valorizam o saber e a capacidade geradora de conhecimento dos/as agricultores/as familiares.
Essa semente de mudança, estimulada pelas organizações sociais atuantes no Semiárido, tem incentivado o desenvolvimento de políticas públicas adequadas à região. (revista da ASA 10 anos).
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