Hoje o Brasil vai para as ruas. E não é difícil entender o porquê.
Depois do que aconteceu no Congresso nos últimos dias, fica claro que estamos vivendo um momento em que quem está no poder faz de tudo para agir longe dos olhos da população.
Na noite de terça (9), quando o deputado Glauber Braga ocupou a cadeira da Mesa Diretora, a reação foi brutal: jornalistas foram expulsos do plenário e até o sinal da TV Câmara foi cortado para impedir que o país visse o que estava acontecendo.
Horas depois, enquanto a maioria das pessoas dormia, veio mais um ataque silencioso: 291 deputados aprovaram o PL da Dosimetria, um projeto que reduz drasticamente as penas de Jair Bolsonaro e de outros condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Tudo votado às pressas, de madrugada, depois de expulsar a imprensa. Esse é o tamanho da transparência que querem oferecer à sociedade.
E não foi só isso. No mesmo dia, o Senado aprovou a PEC do Marco Temporal, ignorando uma decisão do STF e abrindo caminho para mais violência e invasão de terras indígenas. É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, quase sempre contra os mesmos grupos e quase sempre longe de qualquer luz.
Por isso, hoje a aposta de muitos é ocupar as ruas. As pessoas estão cansadas de ver decisões que reescrevem as regras do jogo democrático sendo empurradas na marra, enquanto quem cobra e vigia é atacado e silenciado.
E é justamente aí que o jornalismo independente entra. Porque, se depender de quem está no poder, você não fica sabendo de nada – ou fica sabendo tarde demais. A Pública faz o trabalho que muitos tentam impedir: investigar, expor documentos, revelar práticas que enfraquecem a democracia e denunciar quando a lei é usada como arma política. Fazemos isso porque acreditamos que informação é um direito, e porque sabemos que sem uma imprensa livre, ninguém está seguro.
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