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DE SALVADOR
O grupo já estava na porta do local, que fica próximo à aldeia Gravatá, no distrito de Olivença, desde terça-feira (4), e chegou a ser cercado por dez pistoleiros, segundo o cacique Sival Tupinambá, 37.
O dono da fazenda Estrela do Mar, Paulo César Oliveira, 37, diz que eram funcionários e ajudantes, armados "apenas com facões e coisas menores".
No período, os tupinambás acusaram o produtor de ter mantido uma índia e seus filhos como reféns. Oliveira nega.
"Essa área aqui já está delimitada como nossa, e a gente quer que a demarcação finalmente saia", disse o cacique Sival à Folha, por telefone. "O relatório está nas mãos do ministro da Justiça. Só falta ele assinar, aí os produtores serão indenizados e os conflitos vão terminar", completou.
PANO DE FUNDO
O processo dura 13 anos e ainda envolve os municípios de Una e Buerarema.
Também proprietário de uma loja de material de construção na cidade, Oliveira diz que a fazenda tem 64 hectares, está "toda regular" e produz coco, cacau e piaçava.
A diretoria do Sindicato Rural de Ilhéus diz que o clima é ainda pior do que existente desde o início da semana em Sidrolândia (MS), onde um índio da etnia terena morreu durante uma reintegração de posse.
A Funai local estima haver outras 12 fazendas invadidas na região. A Polícia Federal já foi notificada sobre o caso. (NELSON BARROS NETO)
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