domingo, 9 de junho de 2013

Sem Terra trancam rodovia em Minas Gerais contra a inoperância do Incra

7 de junho de 2013

Da Página do MST


Cerca de 100 famílias do acampamento Eloy Ferreira, no município de Engenheiro Navarro e do acampamento Professor Mazzan, município de Olhos d’Água (MG), bloqueiam a BR 135.

A ação visa protestar contra o descaso do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Minas Gerais em relação às famílias acampadas na região e no estado.

Os Sem Terra denunciam que o Incra de Minas, que deveria cumprir com a legislação brasileira e realizar a Reforma Agrária, não cumpre com o seu papel e ainda por cima acirra os conflitos por terra pela sua inoperância e pelo descaso com as milhares de famílias acampadas em todo o estado.

O acampamento Professor Mazzan, por exemplo, existe há um ano e corre o risco de ser despejado. Segundo os Sem Terra, isso acontece por causa da má vontade do Incra - MG em assumir o seu papel como órgão responsável pela implementação da Reforma Agrária.

“Isto ficou explícito na declaração do chefe do departamento do Incra responsável pela aquisição de terras, Bruno Cunha, que declarou em audiência junto à vara agrária estadual que ‘o Incra não é balcão de negociações!’, eliminando qualquer possibilidade de conciliação entre o órgão e o proprietário da fazenda Vargem Grande, que sempre demonstrou abertura para a venda da fazenda para fins de reforma agrária”, disse nota da direção coordenação regional do MST.

As famílias do acampamento Professor Mazzan produzem alimentos sem veneno e já estão entregando produtos à Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Mais de quarenta crianças e jovens moram e estudam no acampamento.

Os Sem Terra avisam às autoridades responsáveis do município e da região norte de Minas que as famílias só sairão da fazenda Vargem Grande ao serem assentadas em outra fazenda da região.

“Responsabilizamos o Incra-MG por tudo o que vier a acontecer em caso de despejo das famílias do acampamento Professor Mazzan e exigimos que uma solução pacífica seja encontrada antes de mais um conflito acontecer”, pontua a nota.
 

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