Alvim interrompe evento em Lisboa aos gritos

Durante o evento, no dia 22, um dos palestrantes declarou que Caetano
Veloso teria sido censurado por Jair Bolsonaro. A frase foi dita por
Ramiro Noriega, da Universidade das Artes do Equador, depois de que os
organizadores do evento colocaram uma canção de Caetano para abrir um
debate. “Temos de lembrar que Bolsonaro censurou Caetano”, disse, para a
risada dos presentes.
Momentos depois, o secretário voltou a tomar a palavra, desta vez no palco do evento. O que chamou a atenção dos organizadores não foi a insistência de o governo ter um direito de resposta e contestar uma frase dita por um dos participantes. Mas a agressividade do secretário.
“Sei que hoje é um dia de festa e não quero estragar isso. Mas sou obrigado a mencionar um fato”, disse Alvim.
“Ele está fazendo uso da linguagem para mentir e não há pior uso da linguagem do que a mentira”, continou.
“Pera ai, pera ai”, respondeu ainda do palco. “O sujeito se levantou e disse uma mentira. Eu estou apenas respondendo a isso. Eu não ataquei ninguém primeiro. Ao responder a isso, a esquerda faz, como sempre, a velha e boa chantagem de dizer o que ela quer e não aceitar uma resposta”, apontou.
Exaltado, ele continuou. “Isso é típico. Isso sempre acontece. Vocês sempre agem com esse tipo de chantagem. Vocês atacam e depois não admitem que ninguém responda ao ataque de vocês”, afirmou.
“Bom senso tenha você”, disse. “Não tente me censurar. Você não vai me calar. A esquerda não vai mais calar a maioria do povo brasileiro”, afirmou. E concluiu dizendo que esperava “não ter estragado a noite de festa”.
Em seu discurso, ele ainda atacou o “politicamente correto” que, segundo ele, “procura “deturpar a realidade”.
Alvim completou sua fala sem ser aplaudido.
REDAÇÃO COM INFORMAÇÕES DE FOLHA/UOL
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