Advogado do Golpe pode levar Moro para a cadeia!
Damous denuncia Moro por ligação com o Dr Willians
publicado
22/05/2018

Dr Willians (E), o Imparcial e Incorruptível, e um tucano bilionário (D) - Divulgação/LIDE
Em seu presente tour pelos USA, que teve início no dia 15/V - quando o Moro voltará a bater ponto na comarca de Curitiba?, pergunta o Conversa Afiada -, o Judge Murrow participou de várias atividades peculiares: foi escrachado em inglês, recebeu o prêmio (cafona) de "Personalidade do Ano" , tirou foto com um ex-prefeito e com uma tchurma de notáveis e foi até paraninfo de uma formatura na Universidade de Notre Dame, em Indiana.
("Indiana" é bem mais fácil de pronunciar do que "Massachussets"!)
Um desses eventos foi o Brazilian Investment Forum, em Nova York, no dia 16/V.
Trata-se de um evento para - de acordo
com o próprio site - "reunir empresários e investidores nacionais e
internacionais" com objetivo de "debater relações bilaterais entre
Brasil e Estados Unidos".
(Debater relações... Não precisamos mais de Itamaraty: temos o Investment Forum!)

O tal fórum foi organizado pelo LIDE, a empresa do ex-prefake de São Paulo, João Agripino Doria, especialista em - quando não está fantasiado de gari - organizar palestras, simpósios e outros eventos para apresentar políticos a ricos e ricos a políticos.
O co-palestrante da noite foi Carlos Marun, ministro da secretaria de governo do MT, defensor de primeira hora do presidente ladrão e acusado de tomar R$ 16 milhões do erário público do Mato Grosso do Sul.
Mas esse não é o aspecto mais interessante do evento.
O LIDE Brazilian Investment Forum
recebeu o patrocínio de quatro empresas brasileiras - uma delas é o
escritório Nelson Willians & Advogados Associados.

Não é a primeira vez que Nelson
Willians - sócio-proprietário do escritório de advocacia -, Moro e Doria
estiveram juntos em eventos do LIDE. Em setembro de 2015, Moro e
Willians participaram de um "almoço-debate" sobre a Operação Mãos Limpas. Em março de 2016, outro evento: a palestra "Empresas e Corrupção", organizada pelo LIDE Paraná .

(Nelson Wilians e Moro após a palestra “Empresas e Corrupção” (Divulgação)
Na Carta Capital, em 2016, o repórter André Barrocal mostrou que o escritório tem relações estreitas com o Golpe dos canalhas e canalhas:
foi contratado (sem licitação) para arbitrar uma disputa milionária
envolvendo o Porto de Santos e o Grupo Libra. Além disso, dois de seus
sócios redigiram um pedido de cassação da presidenta Dilma, entregue ao
então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, pelo ex-ator pornô Alexandre
Frota.
Há suspeitas, também, de que dois
jatinhos do escritório Nelson Willians teriam sido utilizados para
transportar deputados pró-Golpe no fim de semana da abertura do
impeachment na Câmara.
O escritório também assinou um contrato suspeito com o Banco do Brasil em 2016, após o banco resolver terceirizar quase metade de suas demandas jurídicas.
O Diário do Centro do Mundo, em matéria
de Joaquim de Carvalho, lembra que o escritório, um dos maiores
escritórios de advocacia do Brasil, tem a Petrobras como um de seus
principais clientes.
Esse tipo de palestra, normalmente, tem um custo alto. Segundo o DCM:
Lula, por
exemplo, cobrava 200 mil dólares por palestra, o mesmo valor das
palestras do ex-presidente Bill Clinton, e foi questionado pelos
procuradores da Lava Jato, que vazaram à imprensa as informações sobre
as palestras como indício de corrupção.
Para se
defender, Lula apresentou a relação de palestras que fez e nelas havia
grandes empresas sem nenhum relação com a Petrobras, incluindo a Globo.
Se Lula foi
pressionado por conta das palestras que realizava, por que Moro pode
fazer as suas sem ser questionado, ainda mais levando em consideração
que uma delas teve o patrocínio de um escritório que é contratado pela
Petrobras?

Está explicada, então, a presença do Pedro Malan Parente no evento (Créditos: Vanessa Carvalho/Estadão)
Em tempo: a própria Petrobrax também foi apoiadora do evento em que Moro foi agraciado "Personalidade do Ano": pagou U$26 mil dólares por uma das mesas do evento!
Em tempo²: via PT na Câmara:
O deputado Wadih Lula Damous (PT-RJ)
vai denunciar o juiz Sérgio Moro ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
por conflito de interesses envolvendo a Petrobras e um escritório de
advocacia de São Paulo. Damous enxergou grave violação do Código de
Ética da Magistratura, o qual deveria ser observado pelo juiz de
Curitiba.
Moro participou como palestrante de evento em Nova York, organizado pelo pré-candidato João Doria (PSDB) e que teve entre os seus patrocinadores o escritório de advocacia Nelson Wilians, que atende a Petrobras. “Ele (Moro) fez um périplo, nas últimas semanas, pelos EUA. Foi à Nova Iorque, em um evento com a participação de João Doria, com quem ele tem relações promíscuas, como, aliás, tem com todo tucanato”, acusou.
Moro participou como palestrante de evento em Nova York, organizado pelo pré-candidato João Doria (PSDB) e que teve entre os seus patrocinadores o escritório de advocacia Nelson Wilians, que atende a Petrobras. “Ele (Moro) fez um périplo, nas últimas semanas, pelos EUA. Foi à Nova Iorque, em um evento com a participação de João Doria, com quem ele tem relações promíscuas, como, aliás, tem com todo tucanato”, acusou.
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