quinta-feira, 16 de outubro de 2014

MARCELO BARROS

Hoje estou na região da Toscana. Embora o tempo esteja chuvoso e instável, essas colinas cheias de videiras e de oliveiras, sempre abrigando algum castelo medieval ou algum antigo refúgio de eremitas famosos nos encanta tanto pela história como simplesmente pela beleza do verde e  pelo testemunho de que nossa civilização não precisa caminhar sempre na direção das empreiteiras, construtoras de grandes edifícios e verticalização de nossas cidades. Existe mais humanidade em outro rumo. 
          Ontem, aqui em Quarrata, perto de Florença, tive um dia mais tranquilo. Passei o dia estudando. Estou lendo um livro de Vito Mancuso, italiano, filósofo e doutor em Teologia que atualmente faz muito sucesso em todo o mundo (mesmo no Brasil). 
           Há pouco tempo, uma família amiga perdeu sua mãe em um acidente de automóvel. Uma tragédia. Sofrimento imenso. Uma das filhas tem um filhinho de seis anos que pergunta pela avó e quer saber o que acontece quando a pessoa morre. O que responder? "Virou uma estrela". "Foi para o céu para junto de Deus" são respostas comuns do pessoal mais ligado à fé. Mas, mesmo sem fé, como dizer a uma criança:  acabou e foi enterrada? Descobri que esse problema não é só para crianças. Mesmo os adultos perguntam que sentido tem a vida se ela é tão frágil, tão incerta e em um segundo pode acabar. O que é a alma? Existe mesmo? É imortal? O que existe depois da morte? 
        Temos de ser humildes e confessar que não somos donos/as desses assuntos, mas tenho procurado estudar as tradições antigas tanto das religiões negras e indígenas, como da Bíblia e também ler autores atuais e o que pode dizer sobre isso a filosofia atual. Justamente, Vitor Mancuso, filósofo e teólogo, escreveu: "A alma e o seu destino". É um livro grande em italiano, difícil de ler porque tem muitas citações. Mas estou tentando resumir e em português. 
Depois, reparto-o com voces. 

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