Vereador/a é a ligação entre o governo e o povo. Ele tem o poder de ouvir o que os eleitores querem, propor e aprovar esses pedidos na câmara municipal e fiscalizar se o prefeito e seus secretários estão colocando essas demandas em prática. Por isso, é importante que o eleitor acompanhe a atuação do vereador/a para verificar se o trabalho está sendo bem desenvolvido.
Feita esta definição do papel do vereador/a, vamos analisar os/a representantes da câmara municipal de São Tomé, são 9(nove) representantes, eleitos pela população local, que, no primeiro momento buscam dar suporte ao governo constituído, esquecendo quem os colocaram lá; e aí sigamos, quantas leis eles/a apresentaram em beneficio da população e se as referidas propostas foram implantadas, ou seja entra o papel de fiscalizar a atuação do prefeito, discutindo e aprovando a lei orçamentaria anual, será que os nossos vereadores/a têm esta capacidade de formalizarem e apresentarem propostas e ao mesmo tempo exigir do prefeito o compromisso de executar ou a submissão é bem maior.
REALIDADE
Assim que termina o pleito, começam as conversas sobre os acordos de sustentação do poder constituído, neste momento o/a eleitor/a já perdeu totalmente o seu valor que só será restabelecido daqui a 4 anos , em nova eleição, pois os/a nossos/a vereadores/a a partir deste momento esquecem como chegaram e quem os colocaram nesta posição de ter um mandato, e que este mandato tem que ser de representação da população, escutando, dialogando. Podemos observar que o prefeito hoje tem uma maioria esmagadora e o que fica de oposição, de certa forma deixa muito a desejar, tomamos como exemplo o que foi a luta da comunidade de Piabas/Boa Vista, na questão de trazer para si a gestão do projeto de abastecimento d´água que foi financiado pelo DNOCS e posteriormente sendo repassado para a prefeitura. A comunidade lutou praticamente sozinha com o apoio dos/as moradores que realizaram todo um movimento na cidade e a oposição de certa forma assistindo passivamente um movimento interessantíssimo que surgiu da base, coisa rara em São Tomé. Dito isto vereadores/a precisam dialogar mais com a população, fazer uma releitura das funções de vocês e a importância de vocês para dias melhores para um município e população que passa por agruras e não tem um canal de dialogo que os apoiem e construam um espaço permanente de construção de uma sociedade mais justa com saúde e educação de qualidade, ao invés de somente pensarem em receberem os seus salários e darem suporte ao prefeito em todas as suas ações. Ou seja, o mandato exige independência para cobrar do executivo todas as demandas advindas da população, independente das posições politicas, interessando tão somente o bem comum da população urbana e rural.
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